São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997 |
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Tendência pede fotos escuras
ERIKA PALOMINO
Quem detonou o hype foi -de novo- a marca italiana Prada, no material com a modelo Amber Valetta no que parece uma casa na floresta, junto a um lago sombrio e silencioso. A onda de fotos escuras avançou o território das publicidades de moda e chegou aos editoriais propriamente ditos. Poder é isso. Vídeo Outra tendência atual são as imagens trabalhadas em vídeo, influência da nova campanha da Gucci, que se expandiu para outras marcas que imediatamente copiaram a idéia, pipocando em páginas e mais páginas de revista. O ponto de partida é a intenção de uma imagem "roubada", um voyeurismo anos 90, tecnológico, quase um fetiche cyber. Junto com isso, ganham cada vez mais espaço as fotos trabalhadas em computador. Não apenas retocadas, mas com um aspecto de supra-realismo, de artificialismo mesmo. A pele dura, quase metálica, é uma das atuais coqueluches. Entre os nomes mais importantes dessa tendência estão David LaChapelle, Ines van Lamsweerde e seu marido Vinoodh Matadin, Andrea Giacobbe e Nick Knight. Em reportagem no jornal "The New York Times" de junho, feita pela superjornalista de moda Amy Spindler, o inglês Knight declarou: "A tecnologia digital vai alterar completamente nossa visão de fotografia no futuro." Em fotos de Lamsweerde, a inglesa "The Face" foi quem primeiro forçou a barra nesse sentido, muitas vezes em resultados duvidosos. Daí a coisa alcançou até searas mais conservadoras, como a "Vogue" América e, mais recentemente, a "Harper's Bazaar". (EP) Texto Anterior: Forum invade a Amazônia Próximo Texto: NOITE ILUSTRADA Índice |
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