São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 1997 |
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Estudo indica que o calor do Sol cresce e 'ajuda' efeito estufa
RICARDO BONALUME NETO
Junte-se a isso o aquecimento do planeta provocado pelo acúmulo de certos gases na atmosfera, o chamado efeito estufa, e as próximas gerações de seres humanos deverão viver em um planeta bem mais quente. Isso poderá trazer consequências socioeconômicas muito importantes, por exemplo na agricultura. Os milhares de estudos já realizados sobre o efeito estufa apontam que as temperaturas médias tenderão a ser algo entre 1,5°C e 4,5°C maiores, numa escala de tempo de 50 anos a um século no futuro. Já o aumento na radiação solar observado pelo pesquisador Richard Willson, do Centro de Pesquisas de Sistemas Climáticos, na Califórnia (EUA), deverá aumentar a temperatura em 1°C daqui a 169 anos. Os dados obtidos por ele por meio de experimentos a bordo de satélites meteorológicos, como o Nimbus-7, e de satélites científicos como o Uars (sigla em inglês para Satélite de Pesquisa da Alta Atmosfera), indicam que o brilho do Sol está aumentando na proporção de 0,03% por década. Esse tipo de variação contribui para a mudança climática em ciclos mais longos de tempo. "Tendências de irradiação solar total próximas desse índice têm sido implicadas como fator causal da mudança climática em escalas de tempo de século ou milênio", disse Willson. Um dos exemplos citados por ele é a mudança conhecida como "Pequena Era Glacial", um esfriamento do clima terrestre notado a partir de 1650, devido principalmente ao efeito contrário -a diminuição do brilho do Sol. Texto Anterior: O impacto do homem na Terra Próximo Texto: Nasa decide enviar astronauta para a estação orbital russa Mir Índice |
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