São Paulo, segunda-feira, 29 de setembro de 1997
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Duas redes vão na contramão

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem todos os supermercados decidiram reduzir ou foram forçados a diminuir as importações.
A Casa Santa Luzia, localizada nos Jardins, em São Paulo, por exemplo, informa que a participação dos importados no faturamento da empresa deve, sim, subir de 50% (em 1996) para 55% neste ano.
"Nosso público é especial. A clientela é selecionada, pois pertence a uma classe de maior poder aquisitivo. Vamos continuar importando", diz Jorge da Conceição Lopes, diretor.
A sua estratégia, conta, é exatamente ampliar a oferta de importados quando a concorrência está diminuindo. Apesar da as vendas terem caído 6% a partir de maio, diz, ele acredita que pode faturar neste Natal 20% a mais do que no mesmo período do ano passado.
A rede de supermercados carioca Zona Sul também pretende ampliar a linha de importados, que hoje participa com 7% do seu faturamento.
Fortunato Leta, diretor, diz que fornecedores tradicionais estão concedendo prazo superior a 360 dias para pagamento das mercadorias, o que é permitido pelo governo.
Ele diz que a sua rede não vê chances de o consumo aumentar, mas aposta na variedade de mercadorias para estimular venda.
A expectativa da empresa é encerrar 1997 com faturamento de 1% a 1,5% menor do que o de 1996.
"Não houve aumento real dos salários e a população está endividada", diz Leta. (FF)

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