São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 1997 |
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Grupo propõe 180 mudanças
LÉO GERCHMANN
As entidades propõem 180 mudanças no projeto. Apesar disso, mantêm a redação da maioria dos 62 artigos. O texto está baseado nas legislações esportivas da Espanha, França e Itália. As entidades queriam apresentar as emendas oficialmente no Congresso, mas o prazo se esgotou no dia 23. O presidente da Associação dos Atletas, Wilson Piazza, e o advogado Sérgio Neves, que representa as demais entidades, vão ao Ministério dos Esportes, em Brasília, para se encontrar com Pelé e com o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Indesp, Hélio Vianna, que é seu sócio. Para incluir modificações no projeto, as entidades também vão conversar com o relator do projeto Pelé, o deputado Antônio Geraldo Rodrigues da Silva, o Tony Gel, do PFL pernambucano. Propostas As propostas de alteração incluem os pontos mais polêmicos do projeto: o fim do passe a mudança dos clubes em empresas. Para os clubes, o documento defende basicamente a Lei Zico: transformação facultativa e proibição de os clubes cederem o controle acionário. Os objetivos, segundo o texto, são a "manutenção da identidade entre o clube e os torcedores" e impedir que uma empresa seja dona de mais de um clube. Para o passe, foi proposta a criação de uma comissão que arbitraria o valor das indenizações aos clubes pela cessão de um atleta num período de carência até a extinção completa desse instrumento de vínculo. O documento também defende que os contrato devem durar no máximo cinco anos. O projeto de Pelé não fixa limite algum. O texto cria o contrato coletivo de trabalho desportivo, e devolve a competência trabalhista à Justiça desportiva. Outra inovação é que todos os profissionais do futebol (jogadores, técnicos, árbitros etc.) passam a negociar diretamente sua parte na venda dos direitos de TV. Texto Anterior: Pelé tenta ofensiva em Brasília Próximo Texto: Clube-empresa dá prejuízo a Zico Índice |
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