São Paulo, sexta-feira, 4 de dezembro de 1998 |
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Fertilização tem linha de crédito
NOELLY RUSSO
Edson Borges Junior, especialista em reprodução humana da Fertility, diz que a idéia de obter crédito bancário é antiga. "O custo é um dos fatores que atrapalha. Um tratamento para engravidar pode custar até R$ 7.000. É difícil ter poder aquisitivo para isso." Segundo Borges Junior, o crédito bancário é uma medida mais segura para paciente e clínica. "Nós somos médicos, não tratamos de finanças. O Bradesco tem melhores condições de oferecer o crédito necessário aos interessados, com mais flexibilidade nas parcelas." O programa da Fertility começou há dois meses e já tem cerca de 15 casais cadastrados no crédito bancário fazendo o tratamento para engravidar. "Com isso, esperamos poder atender a mais casais sem poder aquisitivo para tentar ter um filho", diz Borges Junior. Como exemplo de financiamento, um processo de fertilização assistida que custe R$ 2.000 pode ser parcelado em oito vezes de R$ 329. Para Borges Junior, mesmo com os juros e o com o aumento do valor do procedimento com o financiamento, essa pode ser a única maneira possível para casais se tratarem. Segundo Álvaro Petracco, da clínica Fertilitat, a maioria das clínicas de reprodução assistida mantêm parcelamento próprio dos procedimentos. "As clínicas acabam parcelando o pagamento para os clientes. Esse é um tratamento caro e que não tem garantias de que vá funcionar", diz ele. A própria Fertilitat prefere parcelar os pagamentos por conta própria. "Acho que com o financiamento bancário, o tratamento acaba ficando mais caro. Mas a iniciativa realmente pode ajudar casais que precisem de mais flexibilidade", diz Petracco. Texto Anterior: Chilena muda de hospital Próximo Texto: Duas ambulantes abandonam jejum Índice |
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