São Paulo, sexta-feira, 4 de dezembro de 1998
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Reunião sobre renovação da frota termina sem acordo

Montadoras propõem desconto de R$ 2.000 em carros

MAURICIO ESPOSITO
DA REPORTAGEM LOCAL

Terminou sem acordo mais uma reunião entre empresários, trabalhadores e governo de São Paulo sobre a criação de um programa de renovação da frota de veículos.
Foi a quinta tentativa de se chegar a um consenso sobre como estimular os proprietários de veículos usados a adquirirem um novo.
São esses que o programa procuraria tirar de circulação. O processo ativaria o mercado e poderia evitar demissões.
As discussões tiveram início após a apresentação de uma proposta do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, que previa descontos de até 30% no preço dos veículos novos destinados à troca.
Esse desconto viria da redução de impostos (ICMS, IPI, IPVA) e da redução das margens de lucro das montadoras e da rede de concessionárias. A proposta do sindicato previa também a criação de centros de reciclagem para os automóveis usados.
Na reunião de ontem, ficou acertado que o desconto seria de R$ 2.000 por veículo. Essa proposta foi trazida pelas montadoras.
Desse desconto, as montadoras propuseram contribuir com redução no preço de R$ 300. O governo, por meio da redução da alíquota de ICMS (de 12% para 8%), contribuiria com R$ 450.
O restante do desconto, segundo as montadoras, deveria vir da contribuição das concessionárias e do governo federal, que cobraria um IPI menor. Foi na contribuição das concessionárias no desconto total que a discussão emperrou.

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