São Paulo, sexta-feira, 4 de dezembro de 1998
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Israel pede que Clinton não aterrisse em Gaza

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Israel pediu ontem ao presidente dos EUA, Bill Clinton, que visita os territórios palestinos neste mês pela primeira vez, que não aterrisse no recém-inaugurado aeroporto palestino, em Gaza.
"Sempre dissemos que isso equivaleria a reconhecer a soberania (palestina)", afirmou David Bar Ilan, porta-voz do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.
Israel suspendeu anteontem a retirada militar parcial da Cisjordânia ocupada, determinada pelo acordo de Wye Plantation, firmado nos EUA em 23 de outubro, e exige que os líderes palestinos prometam não declarar, no próximo ano, um Estado independente.
Quer, ainda, que os palestinos aceitem a libertação de presos comuns -em vez de presos políticos, como reivindicam- e que cessem a "incitação à violência".
Dois policiais israelenses ficaram feridos em Jerusalém Oriental, depois dos confrontos que sucederam a morte de um palestino. Abu Aicha Natche, 41, foi morto a facadas por um homem mascarado.
Em outro incidente, em Tel Aviv, desconhecidos tentaram pôr fogo na casa de cinco palestinos. Um deles sofreu queimaduras.
Um militar e um colono israelenses foram atacados anteontem por palestinos na Cisjordânia.
Faissal al Husseini, principal líder palestino em Jerusalém, disse que "Israel alimenta o extremismo com sua política de discriminação, que inclui a demolição de casas, a expulsão de palestinos de Jerusalém e o confisco de terras".
Já o ministro da Educação de Israel, Yitzhak Levy, pediu que Netanyahu "rompesse todos os acordos interinos com os palestinos".

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