São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 1998
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Pesquisa da ONU elogia MST

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O sucesso dos assentamentos de reforma agrária depende principalmente do acerto na escolha de áreas viáveis à produção agrícola familiar.
No Nordeste, há assentamentos que nem sequer dispõem de água para o consumo humano.
Segundo pesquisa sobre os dez melhores e os dez piores assentamentos do país elaborada pela FAO, órgão da Organização das Nações Unidas que cuida da agricultura, a escolha de áreas adequadas reduz as taxas de evasão dos assentados.
"É necessário definir e cumprir critérios para a seleção de áreas, evitando-se a ampliação de assentamentos com baixo nível de desenvolvimento ou inviáveis economicamente", afirma a pesquisa.
A maioria dos dez assentamentos produtivos não está nas melhores faixas de terras dos nove Estados onde foram implantados -têm água e não estão em solos acidentados.
"Em Rondônia e Goiás, cerca de 20% dos lotes são impraticáveis para a exploração agropecuária", diz a pesquisa.
Apesar de o MST ser alvo de críticas do governo por liderar as invasões, a pesquisa contratada pelo Incra, elogia a atuação da entidade.
Segundo a pesquisa, o MST prioriza a alfabetização dos assentados, inclusive dos adultos.
No assentamento Sapucaia (MA), sem ação do MST, não há escola há dez anos e todas as crianças são analfabetas.
São ligados ao MST três dos melhores assentamentos apontados pela pesquisa por desenvolverem agroindústrias e formas coletivas de produção.

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