São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 1998
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Como cortar mais de 30% dos gastos

ODETE PACHECO
EDITORA-ADJUNTA DO FOLHAINVEST

O médico Delmar Soares, 43, poupa quase um terço de sua renda mensal de R$ 7.000. Nem assim consegue juntar dinheiro suficiente para quitar dívidas que contraiu com cheque especial e contratos de leasing.
O descompasso entre o que ganha e o que tem a pagar está tirando a tranquilidade do médico. "Acho que enfrentarei, em 99, mais dificuldades para me livrar das dívidas", diz ele.
Seu receio é pertinente. Se confirmadas as previsões dos economistas, o pacote fiscal anunciado pelo governo para o ano que vem terá uma consequência amarga para o país e para o bolso do brasileiro: a recessão.
O programa de corte nos gastos públicos vai impor ajustes de igual intensidade também nos orçamentos domésticos. "Se não controlar os gastos, o assalariado verá suas finanças irem para o brejo", diz Marcos Silvestre, economista-chefe da consultoria Forex.
Economizar cada centavo -eis a recomendação, para 99, de consultores e analistas financeiros. Assim, mãos à obra. Submeta seu orçamento a um regime. Com disciplina e critério na hora de enfiar a mão no bolso, é possível cortar mais de 30% das despesas mensais sem perder a qualidade de vida nem o humor.
Se tiver dívidas de cartão de crédito ou cheque especial, tente, primeiro, quitá-las, como sugere a Linear Investimentos ao médico Soares (veja quadro ao lado). Depois, procure abrigo para o dinheiro que deixar de gastar.
Pequenas economias podem resultar em grandes ganhos, por conta das altas taxas de juro. "Fazer uma provisão financeira é imprescindível neste momento, para se prevenir contra situações adversas, como o desemprego", diz Marcelo Giufrida, da CCF.

LEIA MAIS sobre planejamento financeiro nas páginas 2-2 e 2-3

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