São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 1998
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Não arrisque seu dinheiro

DA REDAÇÃO

Equilibradas as contas, é o momento de pensar em guardar dinheiro. Se você já é um poupador, reforce sua poupança; se nunca pensou no assunto, crie a obrigação de fazer uma reserva financeira.
Por mais que caiam, os juros vão continuar sendo um convite à poupança em 99. Enquanto as taxas estiverem altas, as compras devem ser adiadas e o dinheiro, aplicado, aconselha Marcelo Giufrida, vice-presidente executivo da CCF Asset Management.
Se a compra é imprescindível, não faça financiamento, recomenda. "Compre à vista e peça desconto."
Fuja do cartão de crédito e do cheque especial. "Essas são as piores dívidas do momento, pela mesma razão que faz as aplicações financeiras serem uma boa pedida -as altas taxas de juro", diz Giufrida. "Cartão de crédito é bom ter, mas melhor não usar."
Dadas as incertezas do quadro econômico, os investimentos em Bolsa não são indicados pelo executivo para 99. Mas, se quiser mesmo comprar ações, o investidor não deve comprometer mais de 20% de seu patrimônio nesses papéis.
Outros conselhos dos analistas financeiros: não movimente o dinheiro de um lado para outro, por causa do aumento da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), e concentre os investimentos em um banco que ofereça as melhores tarifas.
Dilma Barbosa de Oliveira, diretora do BankBoston, recomenda ao investidor depositar todo o dinheiro em fundos indexados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que acompanha os juros.
Já os fundos que compram papéis prefixados ou aplicações em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) não são uma boa alternativa no momento. "Dinheiro de um ano não se arrisca", diz.

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