São Paulo, segunda-feira, 28 de dezembro de 1998
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Cidade sagrada guarda segredos

ANTÔNIO GAUDÉRIO
DO ENVIADO ESPECIAL AO PERU

Para quem gosta de caminhar é reservada a melhor entrada da cidade sagrada de Machu-Picchu. Depois de percorrer por cinco dias o caminho inca, uma bem construída trilha de pedra nas encostas das colinas na cordilheira dos Andes, a 2.300 m de altura, o turista chega até a Porta do Sol.
Ali, do alto de uma montanha é possível ver a cidade sagrada de Machu-Picchu e seu eficiente sistema de defesa.
É fácil imaginar o movimento de seus habitantes nas ruas, praças e terraços agrícolas. E para onde foram os incas de Machu-Picchu? Teriam sido dizimados por uma epidemia incontrolável?
Outra pergunta: para onde foi o ouro? Resposta: os espanhóis pilharam a cidade e levaram o metal para a Espanha. Os incas foram fabricantes de jóias e adereços, usados em adorações religiosas.
Essas perguntas martelam a cabeça de quem que se aventura a percorrer o caminho nas montanhas que liga as ruínas, passando por profundos abismos e gélidas cachoeiras.
Quando o turista entra na cidade de pedra, com seu sistema de aquedutos, praças, templos, palácios de rochas cuidadosamente encaixadas, com alicerce para suportar terremotos, pergunta-se: como uma civilização com tão avançada pode ter desaparecido?
Em sua eternidade, entretanto, a cidade sagrada de Machu-Picchu faz com que turistas, curiosos e estudiosos se encontrem ao tocar as pedras em busca de segredos milenares.
(AG)

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