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Cirque Plume leva universo das artes visuais ao picadeiro

Trupe francesa traz a São Paulo "L'Atelier du Peintre", espetáculo que abre temporada de dança do Teatro Alfa

Apostando em poesia e sensibilidade, grupo é referência do novo circo ao lado dos canadenses do Cirque du Soleil

Divulgação
Artistas contracenam durante o espetáculo do Cirque Plume, em cartaz em São Paulo
Artistas contracenam durante o espetáculo do Cirque Plume, em cartaz em São Paulo

GABRIELA MELLÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

É difícil não comparar o Cirque Plume com o Soleil. O primeiro, francês, apresenta "L'Atelier du Peintre" na cidade esta semana. O segundo, canadense, finaliza a turnê de "Varekai" em Porto Alegre.

Ambos são referência internacional do "novo circo". Foram fundados ao mesmo tempo, em 1984, com a proposta de renovar a arte do picadeiro através de diversas linguagens artísticas.

As similaridades entre os dois grupos terminam por aí. Segundo Bernard Kudlak, diretor do Plume, o Cirque du Soleil está para o cinema hollywoodiano assim como o Cirque Plume está para o movimento do cinema francês nouvelle vague.

"Nós procuramos a fragilidade, a poesia, buscamos partilhar momentos de suspensão. Não queremos ser os maiores e mais fortes", diz Kudlak à Folha.

Se o novo circo aproximou-se do teatro, da dança, das artes e das novas tecnologias, "L'Atelier du Peintre" dá um passo além dentro desse universo. A obra se inspira no mundo das artes plásticas.

Os 14 artistas do espetáculo -que além de acrobatas, malabaristas, contorcionistas e clowns são também atores, bailarinos e músicos-, entram e saem de quadros, brincam com tintas, dão vida às esculturas.

Nesse movimento, acabam por revelar não apenas a realidade concreta do circo, mas também as sensações que ele provoca nos espectadores.

Segundo Kudlak, seu trabalho é ajudar os artistas do Plume a explorarem as diversas possibilidades do tema escolhido, através de improvisações. Depois disso, acrescentar fragilidade ao espetáculo. Quer revelar a humanidade da arte circense, que, na visão dele, tem por costume fazer apologia à coragem, força e virilidade.

O espetáculo agrada a família toda, mas, segundo seu criador, tem a alma da criança. "O circo utiliza o jogo livre da criança, essência da criatividade. Situo o circo exatamente dentro desta liberdade infantil de pensar o mundo sem limites", define.

"L'Atelier du Peintre" abre a temporada de dança do Teatro Alfa. O Grupo Corpo, a São Paulo Companhia de Dança e a Legend Lin Dance Theater, entre outros grupos, se apresentam no local até novembro.

CIRQUE PLUME
QUANDO qua., qui. e sáb., às 21h; sex., às 21h30; dom., às 18h; até 5/8
ONDE Teatro Alfa (r. Bento Branco de Andrade Filho, 722; tel. 5693-4000)
QUANTO de R$ 20 a R$ 150
CLASSIFICAÇÃO 5 anos

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