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Mostra traz panorama do skate no Brasil Exposição fotográfica em SP reúne manobras radicais captadas pelo artista Fabio Bitão em 20 anos de carreira Conjunto de imagens relembra principais trechos da história do esporte no país e segue em cartaz até setembro
DE SÃO PAULO Uma parte importante da história do skate no Brasil será contada na exposição "[o]92ateoinfinito", do fotógrafo e skatista Fabio Bitão, 38. A mostra começa amanhã e reúne cerca de mil fotos na Matilha Cultural, espaço artístico no centro de São Paulo. O fotógrafo, que começou sua carreira nos anos 1990, teve papel fundamental para retratar a prática do skate no país. Estar ora à frente ora por trás das câmeras ajudou a construir o estilo de Bitão. "Quem anda de skate gosta de fotografar comigo porque conheço as dificuldades. Tem fotógrafo que nunca andou e fica pedindo para o cara repetir a manobra, típico de quem não entende como a coisa funciona", explica. Ainda que a mostra conte com outras imagens fora do universo do skate, a simbiose fotógrafo/skatista é o que define o artista. Para Lucas Pexão, curador da mostra, "é a mistura da vida pessoal com o registro fotográfico, muito importante como um registro do estilo de vida dos skatistas". 'SKATÁVEIS' A retrospectiva conta também com exibições de vídeos e filmes escolhidos por Bitão, além do que ele chama de cinco "esculturas skatáveis", obstáculos que tentam reproduzir a dinâmica do skate dentro do espaço expositivo. "Os obstáculos foram construídos como as letras que formam meu nome, tudo com material reaproveitado. Molas, madeiras encontradas em caçamba de lixo, carretéis... Sem querer, as peças se encaixavam perfeitamente". Embora o público não possa testar as esculturas, cinco skatistas convidados vão driblar os obstáculos, o que dará origem a um novo ensaio. "Fotografo melhor do que ando de skate, mas daqui a 20 anos, pode ter certeza, ainda estarei praticando da mesma maneira". Essa é a segunda vez que o artista faz um trabalho demarcado pelo tempo. Em 2008, lançou o livro "365 Graus", referência ao período de um ano em que realizou as fotos daquela publicação. Editado e diagramado pelo próprio Bitão, ao lado do artista plástico Alexandre Sesper, o livro era uma espécie de diário visual, característica que marca toda a trajetória do fotógrafo. [O]92ATEOINFINITO
QUANDO de amanhã a 8/9 |
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