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Britânico revisita clássicos em recital único

Violoncelista Steven Isserlis volta ao Brasil com repertório sólido em apresentação beneficente hoje na Sala São Paulo

Concerto inclui sonata de Beethoven e variações de obras compostas por Mozart e pelo francês Camille Saint-Saëns

Divulgação
O violoncelista britânico Steven Isserlis, que faz apresentação única hoje na Sala São Paulo
O violoncelista britânico Steven Isserlis, que faz apresentação única hoje na Sala São Paulo

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em meio a uma vertiginosa rotina de gravações, o violoncelista britânico Steven Isserlis, 53, faz hoje, na Sala São Paulo, recital único, em benefício da Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer).

Mesmo antes da mudança de paradigma do mercado fonográfico erudito que começou a acontecer na segunda metade dos anos 1990, a atividade de estúdio atual de Isserlis já se destacaria.

Apenas no período entre dezembro de 2011 e janeiro de 2013, ele gravou seis álbuns.

"Talvez eu seja legal com as pessoas que dirigem as gravadoras", brinca. "Ou talvez eu tenha demorado para gravar esse repertório".

Caso das sonatas para violoncelo e piano de Ludwig van Beethoven (1770-1827), fundamentais para o instrumento, e que ele só está colocando em disco agora.

A terceira delas, "Opus 69", integra a apresentação que faz em São Paulo, acompanhado pela pianista canadense Connie Shih.

Ele confessa que esse repertório o atemorizava.

"Levei muito tempo para ter coragem de gravar Beethoven", conta.

"Talvez não me sentisse confortável, talvez fosse forte demais."

O concerto de hoje inclui variações de Beethoven sobre a ária "Ein Mädchen oder Weibchen", de Mozart, bem como uma obra para violoncelo solo do britânico Benjamin Britten (1913-1976).

O músico apresenta ainda a primeira sonata do compositor francês Camille Saint-Saëns (1835-1921).

Enquanto a maioria dos violoncelistas costuma preferir usar cordas de metal, Isserlis caracteriza-se por sua predileção pelas cordas de tripa, que produzem uma sonoridade mais suave e delicada.

"Prefiro que as pessoas não saibam que estou usando esse tipo de corda", diz. "Uma vez, um crítico chegou a me parabenizar por ter voltado à corda de metal, quando na verdade eu continuava com a de tripa", conta.

Isserlis lembra-se de ter vindo ao Brasil há duas décadas, com a Orquestra Hallé, de Manchester. Em 2005, apresentou-se com a Osesp.

Sua ideia é voltar com maior frequência. "Agora está todo mundo dizendo que é muito bom tocar na América do Sul", afirma.

STEVEN ISSERLIS
QUANDO hoje, às 21h
ONDE Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nº.; tel. 3367-9500)
QUANTO de R$ 60 a R$ 150
CLASSIFICAÇÃO livre

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