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Após se reinventar, Ladytron vem a SP

Banda inglesa apresenta hoje, no Cine Joia, vertente mais introspectiva explorada pelo CD "Gravity The Seducer"

Grupo underground distanciou-se do electropop depois que o estilo foi adotado pelo "mainstream" musical

CARLOS MESSIAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Divulgação
A banda inglesa Ladytron, que toca hoje em São Paulo no recém-inaugurado Cine Joia
A banda inglesa Ladytron, que toca hoje em São Paulo no recém-inaugurado Cine Joia

Há dez anos, no Reino Unido e nos Estados Unidos, preconizava-se uma revolução dos sintetizadores, instrumentos "pré-históricos" da dance music, que haviam estado em voga na música pop durante os anos 1980.
Bandas do underground, como LCD Soundsystem, Hot Chip e Ladytron, usavam a sonoridade texturizada para produzir bases dançantes em canções de rock.
O revival do electropop de fato chegou às rádios FM, seja por meio de artistas indies mais palatáveis, como o The Killers, ou graças a estrelas do "mainstream", como Lady Gaga, que se apropriaram das tendências na música eletrônica para criar um som voltado para as massas.
As bandas que já vinham fazendo isso ficaram deslocadas. Caso do Ladytron, que toca hoje no recém-inaugurado Cine Joia, e que renovou sua sonoridade a partir desse momento.
"Para nós, não tinha mais sentido fazer música assim. Na década passada, era uma coisa underground, então foi natural seguirmos por um caminho diferente", diz Daniel Hunt, tecladista e guitarrista do Ladytron, à Folha.
Amanhã e sábado, o grupo é a atração principal do festival Eletronika, que acontece no Rio e em Belo Horizonte.
Sem adotar o caminho radical dos norte-americanos do LCD -que extinguiram a banda no início do ano- os ingleses do Ladytron passaram a investir em uma sonoridade mais experimental e introspectiva, como comprova o seu recém-lançado disco "Gravity the Seducer".
Quem assistiu ao pulsante show da banda no extinto festival Nokia Trends, em 2006, notará algumas diferenças. O som da guitarra agora é reproduzido por teclados e sintetizadores polifônicos, plugados no mesmo conjunto de pedais que antes modulava a vibração das cordas.
Já o som do baixo passou a ser emulado por um minimoog (sintetizador estritamente melódico). Além dos vocais de Helen Marnie e Mira Aroyo, o aspecto "analógico" do show ficará a cargo de um baterista convidado.
Hunt afirma que a vibração da plateia não deve diminuir durante as quatro canções de "Gravity the Seducer" que estão no repertório.
"Quando você toca as canções ao vivo, descobre características que antes desconhecia."
Daniel Hunt chegou ao Brasil com três semanas de antecedência para se casar com uma artista visual paulistana. A cerimônia aconteceria em Búzios, no Rio, na última sexta-feira.

LADYTRON

QUANDO hoje, às 21h
ONDE Cine Joia (pça. Carlos Gomes, 82; tel. 3231-3705)
QUANTO R$ 100
CLASSIFICAÇÃO 18 anos

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