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São Paulo, domingo, 01 de junho de 2003
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Com temperaturas mais baixas em SP, sopas ascendem nos cardápios, em receitas consagradas e curiosas Para quebrar o gelo
SHIN OLIVA SUZUKI DA REDAÇÃO Ainda faltam 20 dias para o início oficial do inverno, mas as temperaturas mais baixas já começam a modificar não só o vestuário do paulistano como seus hábitos gastronômicos. Prova disso é que muitos restaurantes já declaram aberta a temporada de sopas em seus cardápios. Prato quase tão antigo quanto as primeiras vasilhas usadas para reter líquidos, as sopas possuem diversas variações, embora no Brasil tenha se tornado consagrada sua versão quente e salgada. Assim é a receita que ficou conhecida nas décadas de 60 e 70 em São Paulo e fez sua reestréia na última sexta-feira, no restaurante Don Fabrizio: a sopa de cebola "do Ceasa". Nas madrugadas daquele período, o prato e a ida ao extinto Centro Estadual de Abastecimento S.A. tornaram-se um programa "cult" da cidade. Um dos admiradores da sopa de cebola, Carlos Affonseca, foi também um dos responsáveis pelo primeiro retorno da iguaria, em 1991, no restaurante da Ceagesp -empresa formada a partir do fim do Ceasa. Affonseca afirma que teve de fazer uma pesquisa extensa entre antigos cozinheiros e degustadores para recuperar a receita original. Hoje, faz um pré-preparo da sopa, fora do Don Fabrizio, para manter o segredo da forma correta de preparo. Fora do tradicional, o Spot investe em sopas de ingredientes que, aparentemente, não formam uma combinação certeira. O restaurante -que serve uma média de 50 sopas por dia- inicia amanhã seu cardápio de inverno com a sopa de pêra com alho-poró. Também baseada na junção doce/salgado está a de banana com curry, campeã de popularidade na casa e que poderá ser degustada a partir do próximo dia 16 (apenas um tipo de sopa é servido por semana). A idéia, aproveitada pelas proprietárias e chefs da cozinha do Spot, Maria Helena Guimarães e Lygia Lopes, foi elaborada por uma cozinheira estoniana do restaurante Hole in the Wall, em Bath, Inglaterra. O Arabesco, como o próprio nome indica, possui variações de inspiração árabe; o trigo, o grão-de-bico e a lentilha são componentes naturalmente empregados no preparo. As sopas também estão presente em bufês, caso do Bistrô DeliParis. Além das convencionais mandioquinha e aspargos, há francesismos como a soissonnaisse, com batatas e feijão branco, e a pistou, um tempero que se assemelha ao pesto italiano e que ainda leva favas secas, ervilha e cenoura. O preço fixo para o bufê, servido a partir do próximo dia 9, é de R$ 9,90. E para quem vê no frio empecilho para a ida ao restaurante, há como montar um bufê organizado pelo La Galette na própria casa, com, entre outras opções, o missoshiro japonês e a sopa de frango com alho-poró e ameixas, além de entradas e sobremesas. Próximo Texto: Erudito: Bamberg ecoa Beethoven e Brasil ao ar livre Índice |
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