Livro-CD, nas bancas no domingo, traz vida e obra do carioca

DE SÃO PAULO

João de Barro, o Braguinha, não é apenas o letrista de "Carinhoso". Compositor de marchinhas, músicas juninas e canções famosas, foi também homem de gravadora e lançou a moda dos discos infantis, nos anos 1940.
É dedicado a ele o 13º volume da Coleção Folha Raízes da Música Popular Brasileira, nas bancas no domingo.
Braguinha nasceu Carlos Alberto Ferreira Braga em 1907 e cresceu no bairro carioca de Vila Isabel.
De jovem integrava o grupo Flor do Tempo -que depois mudou de nome para Bando de Tangarás-, com membros como Noel Rosa e Almirante. Ali, ganhou também pseudônimo inspirado em pássaro: João de Barro.
O conjunto fez sucesso nos anos 1930, época em que Braguinha se lançava também como compositor com "Uma Andorinha Não Faz Verão" e "Linda Lourinha".
Em 1936, colocou letra em uma já antiga música de Pixinguinha, "Carinhoso", destinada à história.
Na década de 1930, trabalhou em filmes como "Alô Alô Brasil" e foi diretor musical da gravadora Columbia-função que exerceu nos anos 1950 na Continental.
Em 1943, lançou série de discos com histórias infantis e arranjos de maestros como Radamés Gnattali. Anos depois, a famosa Coleção Disquinho continuou a tradição.
Braguinha é o autor de "Chiquita Bacana", "Balancê", "Yes Nós Temos Bananas" e "Copacabana". Morreu aos 99 anos, em 2006.
O autor do livro sobre Braguinha é o jornalista e musicólogo Zuza Homem de Mello e o CD traz gravações com Carmen Miranda, Dick Farney, Maria Bethânia e Almirante, entre outras.


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