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Sociedade Masculina mostra sua versatilidade
RAQUEL COZER
DA REPORTAGEM LOCAL
A versatilidade que a Cia. Sociedade Masculina busca desde
sua criação, em 2004, traduz-se
nas obras de origens distintas
que o grupo exibe hoje e amanhã, às 21h, na abertura da temporada de dança deste ano do
teatro Alfa. Vêm da Grécia e de
Goiás, respectivamente, as coreografias "Palpable" e "Entre
o Corpo e o Azul".
A primeira delas, ainda em
"processo de criação", segundo
o diretor artístico (ao lado de
Ivonice Satie) Anselmo Zolla,
40, é a estréia de um coreógrafo
estrangeiro em trabalhos da
Sociedade Masculina -o grego
Andonis Foniadakis, que já
dançou na Béjart Ballet Lausanne. A segunda, que estreou
em novembro do ano passado,
é de autoria de Henrique Rodovalho, coreógrafo da Quasar
Cia. de Dança.
Com um trabalho voltado para o movimento feminino, Foniadakis teve sua primeira
oportunidade de criar para um
grupo formado exclusivamente
por homens. "O trabalho dele é
de uma virtuosidade dinâmica,
de um poder coreográfico muito forte", avalia Zolla. "Palpable" (palpável) busca o contraste entre imagens de fluidez e
distância e a idéia do físico, do
que se pode sentir e tocar.
Segunda criação de Rodovalho para a companhia (a primeira foi "Chorando", de
2005), "Entre o Corpo e o Azul"
tem, na opinião de Zolla, "uma
leitura especial para o que a
companhia pede". "O Rodovalho tem aquele movimento único, desarticulado, e a maneira
como concebe as obras é especial; ele sabe criar especificamente para o masculino", diz. A
coreografia transcorre ao som
de um "samba futurista", com
mixagens do DJ Felipe Venâncio sobre a voz de Alcione.
A temporada de dança do Alfa segue com atrações como o
Balé Real da Dinamarca (julho), Grupo Corpo e a trupe belga Feria Musica (agosto).
CIA. SOCIEDADE MASCULINA
Quando: hoje e amanhã, às 21h
Onde: teatro Alfa (r. Bento Branco de
Andrade Filho, 722, tel. 5693-4000)
Quanto: de R$ 30 a R$ 60
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