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TECNOLOGIA
Entidades elaboram, durante o evento, proposta de catalogação dos crimes contra a propriedade intelectual
Feira de DVDs estréia e discute pirataria
DIEGO ASSIS
DA REDAÇÃO
Ao mesmo tempo em que comemoram um aumento de
145,5% na venda de aparelhos de
DVDs em relação ao ano passado,
além da vitória iminente do novo
formato sobre as fitas em VHS,
profissionais e fabricantes reúnem-se hoje, em São Paulo, com a
proposta de lançar um programa
de combate nacional à pirataria,
principal vilã da era do entretenimento digital.
O anúncio será feito pela Adepi
(Associação de Defesa da Propriedade Intelectual), em palestra realizada às 17h na abertura da DVD
Trade Show, feira que permitirá o
acesso de produtores e consumidores aos mais recentes lançamentos do mercado nacional na
área de eletrônicos, especialmente
de DVDs.
"Queremos partir de um cenário em que a pirataria é tratada na
esfera da delegacia de bairro para
a criação de agências governamentais em todo o território nacional que trabalhem em conjunto com policiais federais, rodoviários etc.", afirma Carlos Alberto
Camargo, diretor executivo da
Adepi, que pretende disponibilizar ao Ministério da Justiça todo o
banco de dados da associação.
"A idéia é catalogar os infratores
e permitir que a pirataria seja encarada como um braço do crime
organizado", defende Camargo.
Para o entusiasta do universo
dos DVDs -que até o momento
ainda são muito pouco pirateados
exclusivamente por dificuldades
técnicas-, a DVD Trade Show
oferece boas novidades. Nos
stands de Columbia, Fox e Europa
Filmes, por exemplo, os visitantes
poderão conferir em primeira
mão os próximos lançamentos,
que incluem, respectivamente,
"Homem-Aranha", "Star Wars:
Episódio 2 - O Ataque dos Clones" e "Jogo de Espiões".
Além dessas e de outras produções que mal deixaram as telas
dos cinemas, a Gradiente deve
instalar em seu stand um "home
theater" que exibirá sessões contínuas de novos títulos em DVD,
como "Conduzindo Miss Daisy".
Quem quiser sentir o gostinho
do futuro e das novas possibilidades dessa indústria em crescimento pode dar uma passada pelos stands da CareWare, da Microservice e da TeleImage. Esta
última responsável pelo projeto
de implantação de 25 novas salas
digitais de cinema até o final de
2003. "Vamos trazer também
uma prévia do HD-DVD, que só
chegará ao mercado em quatro
anos, com imagem de alta definição e acesso à internet", afirma
Danilo Moura, coordenador de
masterização da TeleImage.
Os números impressionam. Segundo pesquisa da União Brasileira de Vídeo (UBV), entre 2001 e
2002, foram lançados no país
1.243 filmes em DVD contra 771
em VHS. "Ainda não dá para dizer que é o fim do videocassete, já
que o número de pessoas que têm
o aparelho ainda é grande. Mas a
virada para o DVD é uma questão
de anos", diz Wilson Feitosa, diretor-presidente da Europa Filmes.
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