São Paulo, quinta-feira, 05 de setembro de 2002

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TECNOLOGIA

Entidades elaboram, durante o evento, proposta de catalogação dos crimes contra a propriedade intelectual

Feira de DVDs estréia e discute pirataria

DIEGO ASSIS
DA REDAÇÃO

Ao mesmo tempo em que comemoram um aumento de 145,5% na venda de aparelhos de DVDs em relação ao ano passado, além da vitória iminente do novo formato sobre as fitas em VHS, profissionais e fabricantes reúnem-se hoje, em São Paulo, com a proposta de lançar um programa de combate nacional à pirataria, principal vilã da era do entretenimento digital.
O anúncio será feito pela Adepi (Associação de Defesa da Propriedade Intelectual), em palestra realizada às 17h na abertura da DVD Trade Show, feira que permitirá o acesso de produtores e consumidores aos mais recentes lançamentos do mercado nacional na área de eletrônicos, especialmente de DVDs.
"Queremos partir de um cenário em que a pirataria é tratada na esfera da delegacia de bairro para a criação de agências governamentais em todo o território nacional que trabalhem em conjunto com policiais federais, rodoviários etc.", afirma Carlos Alberto Camargo, diretor executivo da Adepi, que pretende disponibilizar ao Ministério da Justiça todo o banco de dados da associação.
"A idéia é catalogar os infratores e permitir que a pirataria seja encarada como um braço do crime organizado", defende Camargo.
Para o entusiasta do universo dos DVDs -que até o momento ainda são muito pouco pirateados exclusivamente por dificuldades técnicas-, a DVD Trade Show oferece boas novidades. Nos stands de Columbia, Fox e Europa Filmes, por exemplo, os visitantes poderão conferir em primeira mão os próximos lançamentos, que incluem, respectivamente, "Homem-Aranha", "Star Wars: Episódio 2 - O Ataque dos Clones" e "Jogo de Espiões".
Além dessas e de outras produções que mal deixaram as telas dos cinemas, a Gradiente deve instalar em seu stand um "home theater" que exibirá sessões contínuas de novos títulos em DVD, como "Conduzindo Miss Daisy".
Quem quiser sentir o gostinho do futuro e das novas possibilidades dessa indústria em crescimento pode dar uma passada pelos stands da CareWare, da Microservice e da TeleImage. Esta última responsável pelo projeto de implantação de 25 novas salas digitais de cinema até o final de 2003. "Vamos trazer também uma prévia do HD-DVD, que só chegará ao mercado em quatro anos, com imagem de alta definição e acesso à internet", afirma Danilo Moura, coordenador de masterização da TeleImage.
Os números impressionam. Segundo pesquisa da União Brasileira de Vídeo (UBV), entre 2001 e 2002, foram lançados no país 1.243 filmes em DVD contra 771 em VHS. "Ainda não dá para dizer que é o fim do videocassete, já que o número de pessoas que têm o aparelho ainda é grande. Mas a virada para o DVD é uma questão de anos", diz Wilson Feitosa, diretor-presidente da Europa Filmes.



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