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Shows de rap, MPB e palestras incrementam Dia da Mulher
DA REDAÇÃO
O dia 8 de março é anualmente
foco de uma série de eventos que
tomam conta da cidade em comemoração do Dia Internacional da
Mulher. Neste ano, como de costume, shows, palestras e debates
reverenciam as mulheres e tentam elucidar seus destinos diante
do contexto atual.
Cada um participa à sua forma.
As meninas do rap, do grafite e do
break, por exemplo, marcam suas
presenças de peso com três aparições: numa festa hoje em pleno
vale do Anhangabaú, em show na
próxima terça e num debate, que
contará também com as presenças masculinas de Mano Brown e
Rappin" Hood.
"A questão da mulher ainda é
uma grande batalha, já que continuamos tão ligadas à questão da
família. Acho que esse dia é importante para a nossa reafirmação, para mostrar que ainda estamos aí, produzindo", explica a
rapper Sharylaine, que junto com
as companheiras Lady Chris e Rúbia organizam os eventos.
Cantora, produtora musical e
responsável pela trilha sonora das
três edições da "Casa dos Artistas", Laura Finocchiaro mostra as
canções que foram sucesso no
programa. No repertório, "Pobre
Menina" e "Casa de Bamba".
"Sempre participo ativamente
dessas manifestações. Sofri muito
por ser mulher e guitarrista no
Brasil, numa época em que só a
Rita Lee fazia isso", recorda.
Radicada nos Estados Unidos
há nove anos, a cantora Leny Andrade desembarca em São Paulo
para fazer sua participação nos
festejos. Otimista, acredita numa
melhora na situação das mulheres. "Estamos mais livres e independentes do que nunca", diz.
Quem for ao show de Leny pode
aguardar pelas interpretações de
"Dindi" e "Influência do Jazz"
-que a cantora diz ser a preferida de seu público-, entre outras.
Para os militantes do feminismo, a Passeata do Dia Internacional da Mulher, organizada pela
Marcha Mundial das Mulheres
-composta por organizações
sindicais, ONGs etc.-, sai às 10h
da praça da República com destino à praça da Sé. Depois, um encontro com escritoras na praça
Benedito Calixto.
História
O Dia Internacional da Mulher é
na verdade uma homenagem às
129 mulheres mortas em 1857, durante um incêndio numa fábrica
de Nova York. Elas reivindicavam
uma redução da jornada de trabalho de 16 para 12 horas diárias,
além de um salário justo. Nesse
dia, o proprietário trancou as portas da fábrica e ateou fogo nela,
provocando um incêndio que levou essas mulheres à morte.
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