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São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

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Shows de rap, MPB e palestras incrementam Dia da Mulher

DA REDAÇÃO

O dia 8 de março é anualmente foco de uma série de eventos que tomam conta da cidade em comemoração do Dia Internacional da Mulher. Neste ano, como de costume, shows, palestras e debates reverenciam as mulheres e tentam elucidar seus destinos diante do contexto atual.
Cada um participa à sua forma. As meninas do rap, do grafite e do break, por exemplo, marcam suas presenças de peso com três aparições: numa festa hoje em pleno vale do Anhangabaú, em show na próxima terça e num debate, que contará também com as presenças masculinas de Mano Brown e Rappin" Hood.
"A questão da mulher ainda é uma grande batalha, já que continuamos tão ligadas à questão da família. Acho que esse dia é importante para a nossa reafirmação, para mostrar que ainda estamos aí, produzindo", explica a rapper Sharylaine, que junto com as companheiras Lady Chris e Rúbia organizam os eventos.
Cantora, produtora musical e responsável pela trilha sonora das três edições da "Casa dos Artistas", Laura Finocchiaro mostra as canções que foram sucesso no programa. No repertório, "Pobre Menina" e "Casa de Bamba".
"Sempre participo ativamente dessas manifestações. Sofri muito por ser mulher e guitarrista no Brasil, numa época em que só a Rita Lee fazia isso", recorda.
Radicada nos Estados Unidos há nove anos, a cantora Leny Andrade desembarca em São Paulo para fazer sua participação nos festejos. Otimista, acredita numa melhora na situação das mulheres. "Estamos mais livres e independentes do que nunca", diz. Quem for ao show de Leny pode aguardar pelas interpretações de "Dindi" e "Influência do Jazz" -que a cantora diz ser a preferida de seu público-, entre outras.
Para os militantes do feminismo, a Passeata do Dia Internacional da Mulher, organizada pela Marcha Mundial das Mulheres -composta por organizações sindicais, ONGs etc.-, sai às 10h da praça da República com destino à praça da Sé. Depois, um encontro com escritoras na praça Benedito Calixto.

História
O Dia Internacional da Mulher é na verdade uma homenagem às 129 mulheres mortas em 1857, durante um incêndio numa fábrica de Nova York. Elas reivindicavam uma redução da jornada de trabalho de 16 para 12 horas diárias, além de um salário justo. Nesse dia, o proprietário trancou as portas da fábrica e ateou fogo nela, provocando um incêndio que levou essas mulheres à morte.


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