DA REPORTAGEM LOCAL

Um passeio pela recém-inaugurada exposição de Alfredo Volpi é um bom programa para o final de semana. Amanhã, a entrada é gratuita. Dividida em dez núcleos, a mostra percorre a trajetória do pintor italiano, que chegou ao Brasil antes de completar dois anos. A divisão em núcleos foi proposta pelo curador Olívio Tavares de Araújo e contempla aspectos cronológicos e formais.
Alguns núcleos têm títulos subjetivos. O primeiro, "Volpi Antes de Volpi", refere-se aos trabalhos figurativos, feitos antes da década de 30. No segundo, estão presentes telas feitas entre 1939 e 1943, com destaque para paisagens de Itanhaém. A chamada "evolução" abrange o período que vai de 1943 a 1955, marcado pela abstração. É essa tendência que será reforçada no quarto núcleo, dedicado à influência do concreto.
No quinto núcleo, o retorno à figura. Mais adiante, o chamado "projeto silencioso" consistiria em tomar as bandeirinhas como figuras geométricas. É justamente a geometrização que marca o sexto núcleo (fachadas).
Mais adiante, estão obras com temas religiosos (madonas) feitas a partir dos anos 60. A sala seguinte contempla novas fachadas, estas ainda mais geometrizadas. Elementos náuticos e as célebres bandeirinhas encerram a mostra.