|
Próximo Texto | Índice
PARA DANÇAR
Núcleo de rave se junta à Circuito e recebe DJs internacionais
SP Groove comemora três anos de som e vibe
BRUNA MONTEIRO DE BARROS
DA REDAÇÃO
Ela já foi Groove Nation e agora
se chama SP Groove. É uma das
poucas raves underground de
médio porte que sobreviveram
como um núcleo. É um marco na
entrada do tecno como som de rave, tirando o monopólio do trance nesse tipo de festa. E hoje ela
vai comemorar três anos. E, claro,
com rave. Em Arujabel.
Na única tenda do evento, quem
comanda os pick-ups é "o trio de
DJs SP Groove" -Alex S. (o promoter), Camilo Rocha (o "residente") e Chris Liberator (o residente anual internacional)-,
além da dupla eslovena Umek e
Valentino Kanzyani, trazidos pela
rave urbana Circuito, que se junta
à SP Groove nesta empreitada
(leia texto nesta página).
Alex S. é do tipo que diz que não
faz festa para ganhar dinheiro.
"Dá mais satisfação ver a galera
pulando e gritando com sorriso
no rosto do que contar os cifrões."
E o inglês Chris Liberator acredita que seja esse o grande lance
do núcleo: "Eu venho tocar na SP
Groove porque sei que eles são do
bem e fazem as festas pelos motivos certos. A SP Groove é feita por
amor, e isso faz muita diferença".
Liberator é um dos grandes nomes da cena underground londrina e, a cada vez que vem ao Brasil
-esta é a quinta-, faz questão
de alertar contra as festas feitas
para ganhar dinheiro, fato que ele
viu ocorrer e destruir boas cenas
no mundo todo.
"Keep the vibe alive" (mantenha a vibe viva), referindo-se
àquela energia que rola quando a
pista, o DJ, a música e o ambiente
estão todos no lugar certo e na hora certa, é o lema da SP Groove.
E, para criar o ambiente para a
missão, Alex conta que os quesitos que dão mais trabalho são
achar um lugar com boa energia,
cuidar da segurança e divulgar.
Costuma dar certo. A SP Groove
(ou Groove Nation) já foi responsável por festas memoráveis.
Um marco foi a Groove Nation
de 6 de novembro de 99, que recebeu o live PA de D.A.V.E. the
Drummer e a discotecagem de
Chris Liberator. Na época o som
que começava a chegar às raves
era o acid tecno. Pelo que se pôde
registrar, foi a primeira vez que se
dançou uma rave inteira ao som
do tecno. "Dançamos até as cinco
da tarde de domingo. Dali em
diante, percebi que tinha que continuar a propagar a cena tecno",
conta Alex S.
Hoje o tecno das raves já não é
tão acid. As vertentes caminham
pelo tech-house, progressivo, tecno funkeado, groove tecno, hard
tecno e, ufa!, o tecno que você quiser inventar. Chris Liberator diz
que vai tocar de tecno nervoso,
bem pesado, a coisas funkeadas.
"É tecno de Londres."
SP GROOVE 3 ANOS E CIRCUITO - rave
com os DJs Camilo Rocha (23h-3h),
Valentino Kanzyani (3h-6h), Umek (6h-9h), Chris Liberator (9h-12h) e Alex S.
(12h-14h) + jam session. Quando: hoje.
Onde: fazenda Arujabel (pegar rod.
Dutra e entrar na saída 199 para Arujá;
seguir placas Arujá; na primeira rotatória
(posto Shell) seguir em frente pela av.
Antonio Afonso de Lima até a segunda
rotatória; entrar à dir. na av. dos
Expedicionários e seguir em frente;
depois entrar à esq. na placa B. Peninha,
seguir 6 km e entrar à dir. na placa
Fazenda Arujabel; andar 1,7 km).
Quanto: R$ 40. Apoio: Red Bull.
Próximo Texto: "Cena da Eslovênia tem muitos jovens e é cara" Índice
|