São Paulo, domingo, 09 de junho de 2002

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Cinemam faz 4 anos com exibição gratuita de clássicos do diretor de "Laranja Mecânica"

Xadrez com Kubrick

Reuters
O diretor Stanley Kubrick, durante as filmagens de "Laranja Mecânica"


ALEXANDRA MORAES
DA REDAÇÃO

O Cinemam está completando seu quarto ano de atividade e escolheu Stanley Kubrick (1928-1999) para a comemoração. De hoje até agosto, dez filmes do diretor americano, além de um documentário e de outro que tem roteiro seu, integram a programação do projeto, distribuída entre sessões aos sábados e aos domingos, no auditório Lina Bo Bardi, no MAM, e, às terças, no auditório Banespa da biblioteca Nadir Kfouri, na PUC.
Esta, a 25ª mostra organizada pelo Cinemam, apresenta todos os clássicos de Kubrick, além de "A.I. - Inteligência Artificial", dirigido por Steven Spielberg e roteirizado por Kubrick, e "Imagens de uma Vida", documentário que reúne depoimentos de personalidades do mundo do cinema e da família sobre o diretor.
O ciclo começa hoje, no MAM, com "Glória Feita de Sangue" ("Paths of Glory", 1957), às 13h30, e "Spartacus" (Idem, 1960), às 16h, ambos protagonizados por Kirk Douglas. Os filmes serão exibidos em DVD.
A comemoração se deve tanto ao aniversário do projeto quanto às quase 40 mil pessoas que já passaram pelas sessões do Cinemam neste tempo. Pode parecer pouco perto do público dos blockbusters, mas, para o MAM, mantendo uma programação que privilegia clássicos e filmes menos comerciais, é bastante significativo. "A nossa idéia é promover o cinema através de seus diretores mais importantes", afirma Carlos Barmak, 41, coordenador do Educativo MAM, que administra o Cinemam. "A [ " gente vem criando um público de cinema no museu e abrindo-o para um público novo", diz Barmak, enfatizando o fato de o Cinemam promover um interesse pelo próprio Museu de Arte Moderna e suas exposições, pois as mostras de cinema são promovidas concomitantemente às exposições, que ficam em cartaz por cerca de três meses.
Por fim, é praticamente senso comum o caráter fundamental de Kubrick para o cinema. Assim, a escolha de seu nome parece óbvia. "Kubrick é o máximo. Ele tem uma produção fantástica, cada filme é uma obra fechada, completa, que trata de assuntos fundamentais e que, depois de 30, 40 anos, continua tratando de temas muito atuais", entusiasma-se Barmak. "Para nós, era um verdadeiro sonho organizar essa mostra". Realidade, agora.



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