São Paulo, segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

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Cinema da Geórgia é tema de mostra

Centro Cultural Banco do Brasil exibe, a partir de amanhã, 12 produções da ex-república soviética, que vão de 1928 a 2003

Longa de abertura é "O Grande Vale Verde" (1967), do diretor Merab Kokochashvili, que participa de debate com o público

DA REPORTAGEM LOCAL

As últimas dezenas de matérias publicadas nesta Folha citando "Geórgia" davam conta dos rebeldes separatistas da Ossétia do Sul ou de pesquisas da universidade do Estado norte-americano de mesmo nome. Poucos sabem que nessa pequena ex-república soviética ao sul do Cáucaso há um cinema que, um dia, já ganhou elogios de Fellini, Antonioni, Godard e Truffaut.
"Cinema da Geórgia: Um Século de Filmes" é o nome da mostra com 12 obras que o Centro Cultural Banco do Brasil inicia amanhã. O longa de abertura é "O Grande Vale Verde" (1967), do diretor Merab Kokochashvili, que participará de debate com o público, ao lado do ator e tradutor georgiano Irakli Gioshvili e da curadora do festival, a brasileira Nágila Guimarães, que viveu por quase dois anos no país.
"O Grande Vale Verde", só exibido na Geórgia após participar do Festival de Berlim quase dez anos depois de pronto, conta a história do pastor Sosana e de sua família, que vive numa região bucólica cercada por estranhos mitos e tradições, até que geólogos passam a visitar o vale para pesquisas sobre poços de petróleo.
Outros destaques da programação são "A Lenda da Fortaleza de Suram" (1984), de Sergei Parajanov, vencedor do prêmio da crítica da 11ª Mostra de São Paulo, e a mistura de documentário e ficção "Sal para Sventia" (1930), de Mikhail Kalatozov, mesmo diretor do clássico "Sou Cuba" (1964). Há também o filme mudo "Minha Avó" (1929), uma sátira ao então jovem sistema estatal soviético. Proibido no país por 40 anos, é um exemplo do chamado "cinema excêntrico".
O filme mais recente da mostra é "Medo de Matar" (2003), uma comédia com traços surreais, ganhadora do Golden Shell no festival San Sebastián.


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