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Bee Gees sósias são aclamados como ídolos
NINA LEMOS
COLUNISTA DA FOLHA
"Bee Gees! Bee Gees! Bee
Gees!" Os gritos são emitidos
por centenas de pessoas que
quase lotam o teatro Bradesco,
no Shopping Bourbon, em São
Paulo, na última quinta-feira.
Pouco antes, o público, formado principalmente por pessoas de 50 anos e seus filhos,
dançava o sucesso "Night Fever" fazendo passinhos da época da discoteca, aqueles que incluem mãos jogadas para o lado
no melhor estilo John Travolta.
No palco, os três integrantes
da banda são aclamados como
ídolos pop. Eles são o Australian Bee Gees, a banda cover do
grupo dos anos 1970 "mais famosa do mundo". Parece ser
verdade.
No show, os três integrantes
do grupo são tratados como se
fossem os Bee Gees de verdade,
aqueles que nasceram na Inglaterra e são ícones dos anos
1970. "Maravilhoso", grita alguém da plateia. "Wonderful",
berra outro.
A banda australiana é formada por três membros e cada um
"representa" um dos irmãos
que formam os Bee Gees de
verdade. Além de cantar, os Bee
Gees australianos são um pouco sósias. E meio atores.
Quem se importa? Na falta
dos originais, os australianos
têm controle absoluto da plateia, que, ao final, está urrando.
No telão, o logotipo da banda
é entremeado por imagens dos
Bee Gees sósias viajando pelo
mundo. Fotos dos originais
pouco aparecem.
Afinal, isso faria lembrar que
o que vemos não são os Bee
Gees de verdade e, sim, uma simulação, o que acabaria com o
teatro. Melhor acreditar. E gritar: "Wonderful".
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