São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 2002

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NATAL

Por quem os sinos dobram

Raphael Falavigna/Folha Imagem
Fachada do Teatro Municipal com decoração inspirada na ópera "João e Maria", em cartaz no local até a próxima quarta-feira



Às vésperas do dia 25, concertos, exposições e a ópera "João e Maria" acendem ainda mais SP


DA REPORTAGEM LOCAL

Ainda faltam dez dias, mas quem percorre as ruas e roteiros culturais da cidade de São Paulo não tem dúvida: o Natal já está aí. Fachadas coloridas e iluminadas, presépios e pinheirinhos, apresentações de corais e peças de teatro, muitas são as homenagens ao 25 de dezembro, que, no ano passado, ainda sofria com os efeitos do racionamento de energia.
"O risco de apagão fez com que resgatássemos muitos recursos de cor, como o amarelo e o azul-turquesa, que há muito vinham sendo esquecidos", diz Conceição Cipolatti, 60, responsável, entre outras, pela decoração das fachadas do Teatro Municipal, toda inspirada na ópera de "João e Maria", em cartaz desde a última sexta-feira, dos shoppings Morumbi, Anália Franco e Aricanduva e da rua Oscar Freire, nos Jardins, atualmente tomada por tapetes vermelhos e gazebos temáticos.
A música, companheira inseparável das tradições natalinas, também invade os mais diferentes locais da cidade. A partir de amanhã e até a próxima quinta, o Pátio do Colégio sedia apresentações de quatro grupos, sempre às 13h. Hoje, a boa pedida é ouvir execuções de obras de Arcangelo Corelli, Haendel e Bach pela Orquestra Engenho Barroco, que toca acompanhada do Coralusp, no espaço da Pinacoteca.
No palco, um auto natalino, "Sacra Folia", é levado pela Fraternal Cia. de Arte e Malas-Artes, no teatro Paulo Eiró. O texto é de Luís Alberto de Abreu ("O Livro de Jó") e teve sua primeira versão encenada em 96.
Outra vedete do período são os presépios, que, neste ano, voltam em grande estilo na 13ª Exposição Internacional de Presépios, que fica aberta de segunda a domingo no Convento São Francisco.
O presépio Napolitano, que pertenceu à família Matarazzo nos anos 50 e é o terceiro maior do mundo, também estará em exposição, ao lado de outros 19, no Museu de Arte Sacra de São Paulo. Quem se interessar em saber mais detalhes sobre a obra pode adquirir o recém-lançado livro de 120 fotos e 144 páginas sobre a relíquia italiana, datada do século 18. (DIEGO ASSIS)


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