São Paulo, sábado, 16 de maio de 2009

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Em solo, o ator Elias Andreatto reverencia gênios da literatura

DA REPORTAGEM LOCAL

Em momentos distintos de uma carreira de 30 anos, o ator Elias Andreatto, 54, empunhou as máscaras de Oscar Wilde, Van Gogh e Antonin Artaud para falar dos mesmos temas: amor, arte e o papel do artista.
No solo "Doido", que estreia amanhã, ele costura falas desses e de outros mestres, como Shakespeare, Cervantes e Goethe, para achar a própria voz -e retomar aquelas inquietações.
"Estou utilizando grandes personagens para me espelhar, tentar captar o que eles têm de genial, ver onde eu posso aprender. É uma forma de pensar minha profissão, minha trajetória, a função da arte", diz.
Para o ator, a cultura de "valorização de estrelas-relâmpago" ofusca a importância real do artista, "a de transformar o outro pela poesia". "Isso é o que nos torna eternos sonhadores.
Vivemos para isso, fazemos por necessidade, para nos sentirmos úteis. [Essa preocupação] Precede qualquer ego."
A peça, encenada num teatro dentro de uma livraria, testa a receptividade do público a um horário inusitado: 14h30 de domingo. Saídos das prateleiras vizinhas ao palco, os personagens hão de ajudar. (LUCAS NEVES)


DOIDO
Quando:
estreia amanhã; dom., às 14h30; até 28/6
Onde: teatro Eva Herz - livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073, tel. 3170-4059)
Quanto: R$ 30
Classificação: não indicada a menores de 14 anos



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