São Paulo, terça-feira, 17 de janeiro de 2006

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CINEMA

CCBB exibe 20 títulos de Aristarain e Agresti, até dia 29

Mostra reúne dois antecessores da atual "buena onda" argentina

DA REPORTAGEM LOCAL

O vigor da nova geração de cineastas argentinos, hoje reconhecido em todo o mundo sob a insígnia de "buena onda", tem precedentes. Dois deles são tema da mostra "Cinema Argentino -Aristarain e Agresti", que o CCBB exibe de hoje até o dia 29.
Estarão em cartaz dez títulos de Adolfo Aristarian, 62, e outros dez de Alejandro Agresti, 44, começando por seu mais recente filme, porém não o mais interessante, "Um Mundo Menos Pior" (2004).
Neste novo longa, Agresti não consegue repetir a sutileza que alcançou no anterior -"Valentín" (2002), também na programação da mostra- para amalgamar uma trajetória pessoal com o pano de fundo histórico do país.
Em "Um Mundo Menos Pior", os temas do anti-semitismo e dos desaparecidos durante a ditadura argentina (1976-83) revelam-se demasiado imponentes, portanto distantes, ao atravessar a busca da jovem Leticia (Julieta Cardinali) por uma identidade familiar.
Mas o ciclo dá a chance de ver Agresti em resultados mais bem-sucedidos no tratamento do assunto, como o que obtém em "Buenos Aires Vice-versa".
De Aristarain, será possível conferir desde as comédias ligeiras -"A Praia do Amor" e "A Discoteca do Amor", ambas com um jovensíssimo Ricardo Darín, hoje astro do cinema argentino- até suas mais consistentes obras.
É este o caso de "Um Lugar no Mundo", estrelado por Cecilia Roth, melhor aqui do que sob a escrita de Almodóvar. O filme terá uma de suas sessões seguida de debate com o crítico Eduardo Antin, o Quintín, um nome respeitável. (SILVANA ARANTES)


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