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CINEMA
CCBB exibe 20 títulos de Aristarain e Agresti, até dia 29
Mostra reúne dois antecessores da atual "buena onda" argentina
DA REPORTAGEM LOCAL
O vigor da nova geração de cineastas argentinos, hoje reconhecido em todo o mundo sob a insígnia de "buena onda", tem precedentes. Dois deles são tema da
mostra "Cinema Argentino -Aristarain e Agresti", que o CCBB exibe de hoje até o dia 29.
Estarão em cartaz dez títulos de
Adolfo Aristarian, 62, e outros dez
de Alejandro Agresti, 44, começando por seu mais recente filme,
porém não o mais interessante,
"Um Mundo Menos Pior" (2004).
Neste novo longa, Agresti não
consegue repetir a sutileza que alcançou no anterior -"Valentín"
(2002), também na programação
da mostra- para amalgamar
uma trajetória pessoal com o pano de fundo histórico do país.
Em "Um Mundo Menos Pior",
os temas do anti-semitismo e dos
desaparecidos durante a ditadura
argentina (1976-83) revelam-se
demasiado imponentes, portanto
distantes, ao atravessar a busca da
jovem Leticia (Julieta Cardinali)
por uma identidade familiar.
Mas o ciclo dá a chance de ver
Agresti em resultados mais bem-sucedidos no tratamento do assunto, como o que obtém em
"Buenos Aires Vice-versa".
De Aristarain, será possível conferir desde as comédias ligeiras
-"A Praia do Amor" e "A Discoteca do Amor", ambas com um
jovensíssimo Ricardo Darín, hoje
astro do cinema argentino- até
suas mais consistentes obras.
É este o caso de "Um Lugar no
Mundo", estrelado por Cecilia
Roth, melhor aqui do que sob a
escrita de Almodóvar. O filme terá uma de suas sessões seguida de
debate com o crítico Eduardo Antin, o Quintín, um nome respeitável.
(SILVANA ARANTES)
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