free-lance para a Folha

Um dos maiores gênios do século 20, seu humanismo e sua origem judaica são retratados em "Einstein", peça que estréia hoje no teatro Sérgio Cardoso.
O monólogo trata do físico Albert Einstein (1879-1955), nascido na Alemanha e radicado nos Estados Unidos, aos 70 anos, em 1949.
Enquanto se prepara para ir a um jantar em benefício da Universidade Hebraica de Jerusalém, põe-se a lembrar de sua infância, da perseguição nazista, e a expor suas idéias sobre ciência, criação e religião.
Quando volta do evento, surpreendido por um convite para ser presidente do recém-fundado Estado de Israel, passa a defender a paz e a liberdade, na lembrança de seus conflitos éticos em relação à bomba atômica.
Gabriel Emanuel é o pseudônimo de Gordon Wiseman, um advogado judeu canadense de 43 anos que escreve peças desde 1979. "Einstein", que estreou em 1985, é sua obra mais importante, montada em vários países, como Israel e Chile.
A peça é inspirada em fatos reais e situações prováveis, dentro da personalidade de Einstein. Ele foi mesmo convidado, pelo então primeiro-ministro de Israel, Ben Gurion, a assumir a presidência do país.
O cientista também era um homem de hábitos simples, que não usava meias nem cortava o cabelo por achar luxos desnecessários. Essas características são citadas na montagem.
Interpretado por Carlos Palma, o Einstein de Emanuel é um símbolo do pacifismo, um cientista que se interessa sobretudo pela pessoa humana, mesmo sendo o criador teórico de uma das tecnologias de maior potencial destrutivo -a energia atômica, que se tornou possível a partir da teoria da relatividade.
A peça fica até abril na sala Paschoal Magno, no Sérgio Cardoso. Depois, vai para o TBC, onde faz temporada até agosto.

Peça: Einstein Autor: Gabriel Emanuel Direção: Sylvio Zilber Com: Carlos Palma Quando: qua. e qui., às 21h; até abril Onde: teatro Sérgio Cardoso - sala Paschoal Magno (r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, tel. 288-0136) Quanto: R$ 15


Texto Anterior | Índice