BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

Mistura de intercâmbio cultural e missão econômica, o evento "Holanda Hoje", que começa hoje e vai até o dia 30, pretende mostrar paisagens que vão além do legado de artistas como Albert Eckhout (1610-1665).
Exposições, música, seminários e workshops tentarão apresentar a Holanda "de vanguarda e moderna", segundo um dos coordenadores do evento e adido econômico do consulado geral dos Países Baixos, Odécio Roland, 36. "No Brasil, o país é conhecido mais pelos clichês", diz.
Nesse sentido, a exposição mais significativa do projeto é "Post-Nature", que começa no dia 29, no Instituto Tohmie Ohtake, com as obras de nove artistas holandeses contemporâneos, como Frank van der Salm. A mostra brasileira traz uma parte da atração que esteve na Bienal de Veneza de 2001.
A exposição discute a questão histórica das terras na Holanda, cuja população, no século 16, enfrentava a força das águas.
Intercâmbio de fato é o que apresenta a banda holandesa Zuco 103, que toca amanhã -com João Parahyba, do Trio Mocotó- no Espaço Urbano. Liderados pela carioca Lilian Vieira, eles mostram uma mistura de funk, bossa nova e hip hop.
Roland conta que a idéia para o evento surgiu devido à visita da rainha holandesa ao Brasil, no dia 25. O investimento de 300 mil (cerca de R$ 1,1 milhão) veio de empresas holandesas no Brasil.
Completam o evento seminários, debates e workshops sobre urbanismo e design na FAU e no Masp; uma exposição de jóias no shopping Iguatemi; uma semana gastronômica no hotel Tulip Parque Plaza; um desfile de moda na Anhembi Morumbi; e uma decoração com flores na av. Paulista e av. Brigadeiro Faria Lima.