DA REPORTAGEM LOCAL

Nunca se produziu tanta animação no Brasil. E daí, quem vai ter acesso a esse material todo fora dos festivais? "Precisamos fazer séries para a TV. O custo de um longa dá para fazer uma temporada de série", diz Cesar Coelho.
"Já existem leis para conseguir incentivos para fazer séries de animação, mas ninguém conseguiu usar ainda", afirma Arnaldo Galvão, 47, presidente da recém-criada Associação Brasileira do Cinema de Animação e ex-animador do programa "Rá-Tim-Bum!", da TV Cultura. "A televisão precisa se abrir. O Cartoon mais acertou nas coisas em que experimentou", comenta, referindo-se a produções como "O Laboratório de Dexter" e "A Vaca e o Frango", sucesso no canal pago.
"Exemplos são o francês Canal + e o Channel 4, da Inglaterra, em que há experiências de co-produção e se criou um espaço para animação nacional", diz Coelho.
Mais próximo da realidade européia, o belga Philippe Moins diz: "O Canal + teve um papel muito importante na produção francesa e belga, mas agora há muita incerteza", diz, sobre o menor investimento do canal desde que passou a ser controlado pela Vivendi Universal, em 2000. (DA)