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São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2003

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Escalação prioriza "jazz de vanguarda"

DA REDAÇÃO

Ainda deu para resistir à tentação. Em vez de usar a cada vez mais comum estratégia de apelar para estrelas do pop adotada por seus congêneres, o Chivas Jazz Festival chega à sua quarta edição crente de que pode encher o DirecTV Music Hall, em São Paulo, e a Marina da Glória, no Rio de Janeiro, apenas com ouvintes dispostos a encarar horas de improviso musical.
"Mantivemos a tradição de trazer músicos menos prováveis. Gente que ninguém se interessou em trazer antes, mas que são importantes na história do jazz de vanguarda", diz Toy Lima, produtor do festival.
Pelo menos em relação ao ano passado, as atrações dessa edição são mais representativas. Em 2002, os palcos foram dominados por esforçadas atrações européias. Neste ano, desfilam músicos seminais, "revelações" e vanguardistas vindos dos Estados Unidos, todos enquadrados nas variantes do jazz.
Embora os norte-americanos prevaleçam, a última noite do festival em São Paulo promete ser a mais emocionante. E isso graças ao pianista brasileiro Dom Salvador, que não se apresenta por aqui há 30 anos.
Além de Arthur Blythe, os vanguardistas de outrora que vêm ao festival são o pianista canadense Paul Bley, o baterista Paul Motian e o saxofonista Lee Konitz. Este último leva ao palco uma versão do seu noneto com três brasileiros.
Entre os músicos escalados para acompanhar o velho mestre, está o guitarrista paulistano Djalma Lima, que há três semanas estuda as partituras.
O que os organizadores do festival estão chamando de revelações na verdade já têm uma extensa folha corrida de serviços prestados ao jazz.
Já em seu quarto disco, o pianista Jason Moran montou uma constelação com as estrelas vindas da crítica. A cantora Mary Stallings vem mostrar que não perdeu a forma que tinha nos anos 60. Com uma carreira iniciada em 1992, o saxofonista Eric Alexander é uma alternativa viável ao seu confrade Joshua Redman. (EF)


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