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SHOW
Em sua quinta edição, Todos os Cantos do Mundo apresenta o grupo francês Paris Combo e a tibetana Yungchen Lhamo
Festival traz world music "universal"
DA REDAÇÃO
O Sesc Pompéia abre a partir de
hoje espaço para os mais variados
sons do planeta. Mas o festival Todos os Cantos do Mundo pretende ultrapassar as armadilhas da
world music: quer world music
para ser apreciada por qualquer
um e em qualquer lugar, e não
apenas em sua origem.
"Escolhemos para o festival artistas que permanecem fiéis às
suas raízes, mas que são acessíveis
ao público brasileiro. Não é um
evento puramente étnico", diz a
cantora Fortuna, diretora artística
do evento.
O festival inicia hoje a sua quinta edição com o grupo francês Paris Combo e segue no sábado e no
domingo com o jamaicano Stanley Beckford. Para a semana que
vem, estão escaladas Amal Murkus (cantora nascida em Israel,
mas que se considera palestina) e
a tibetana Yungchen Lhamo.
"A proposta é tornar acessíveis
coisas que jamais chegariam ao
Brasil. E por uma faixa de preço
razoável", diz Fortuna. "E é um
resgate de humanidade e cidadania, porque o diálogo entre platéia
e artistas e entre os próprios artistas acordam regiões adormecidas
do público."
Todos os artistas são inéditos no
Brasil -um dos critérios da curadoria do evento, além de serem
"reconhecidos no panorama da
música internacional".
Os franceses do Paris Combo,
por exemplo, têm disco de platina
em seu país e uma agenda disputada. "Eles fazem uma nova versão do "chansonier" francês, a tradição da música de cabaré, mas
numa nova roupagem, com muita influência da vida de Paris e
música cigana", afirma Fortuna.
Pode-se esperar ritmos jazzísticos
com toques latinos.
Nem tão preocupado com novas roupagens está o jamaicano
Stanley Beckford. Aos 62 anos, é
um dos expoentes do mento, gênero considerado um dos precursores do reggae. No ano passado,
lançou o CD "Plays Mento".
Nascida em Israel, Amal Murkus tem passaporte israelense, fala hebraico, mas se considera representante do povo palestino.
Está no festival porque sua música "é elegante e poética", diz Fortuna.
Yungchen Lhamo é uma das
mais proeminentes vozes que se
colocam a favor da libertação do
Tibet pelos chineses. Em 1989,
ainda adolescente, fugiu para a
Índia com um grupo de amigos
atravessando o Himalaia. A pé.
Foi parar nos EUA, e gravou
um disco pelo selo de Peter Gabriel (Real World). No Brasil,
apresenta-se com um quarteto.
Além dos artistas internacionais, Todos os Cantos do Mundo
traz gente do mundo daqui. Para
as noites do Paris Combo, o
evento escalou também Virginia
Rosa. Nos dias de Stanley Beckford, Chico César; com Amam
Murkus, Nana Caymmi. E ao lado de Yungchen Lhamo, a cantora mineira Ceumar.
TODOS OS CANTOS DO MUNDO.
Festival com artistas nacionais e
internacionais. Onde: Sesc Pompéia
- teatro (r. Clélia, 93, tel. 3871-7700).
Quando: hoje, amanhã, dias 31/1, 1º/2 e
5 a 8/2. Quanto: de R$ 7 a R$ 20. Inf.
www.sescsp.org.br/sesc/ hotsites/todososcantos/
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