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EVENTO
Debate de "Diálogos Impertinentes" acontece às 21h
Sociólogo e historiador discutem o fanatismo no auditório do Sesc
DA REDAÇÃO
"O Fanatismo" é o tema de hoje
da série "Diálogos Impertinentes", às 21h, no auditório do Sesc
Pompéia (r. Clélia, 93, São Paulo).
O evento terá a participação de
Reginaldo Prandi, professor titular de sociologia da USP e autor,
entre outros, de "Mitologia dos
Orixás" (Companhia das Letras),
e de Jaime Pinsky, professor titular de história da Unicamp e autor
de "Origens do Nacionalismo Judaico" (Ática). A mediação será
de Mario Sergio Cortella, professor do Departamento de Teologia
da PUC-SP, e de Paulo Farah, colaborador da Folha e professor de
literatura da USP.
O programa, produzido pela
TV PUC, é transmitido pela STV
-°Rede Sesc/Senac de Televisão,
pelos canais 3 da Net São Paulo e
da Sky, pelo canal 211 da DirecTV
e pelo canal 62 da Cambras. Não é
necessária a retirada prévia de
convites para assistir ao debate.
A série é promovida pela Folha,
pela PUC-SP e pelo Sesc. Informações podem ser obtidas pelo
tel. 3224-3473 (após as 14h).
Na última edição, em 24/2, o tema em debate foi "A Brasilidade".
Já no início, surgiu a questão do
nacionalismo brasileiro, que Gilberto Felisberto Vasconcellos,
professor de ciências sociais da
Universidade Federal de Juiz de
Fora (MG), defendeu como essência da cultura brasileira.
"Tem o nacionalismo do Hitler,
do Mussolini, mas tem também o
do Villa-Lobos, o do José Bonifácio... E mais importante que nacionalismo é a nação, o território,
a água, a planta, o minério. O nacionalismo, quando bom, vem dizer que essa riqueza abundante
deveria ter sido aproveitada de
maneira humana, racional", diz.
Luiz Costa Lima, professor de literatura comparada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ) e na PUC-RJ, destacou "a
ausência da capacidade reflexiva
do nacionalismo brasileiro".
"A reflexão recorre à idéia de
nacionalidade, um círculo vicioso, ou ignora nossos problemas
gravíssimos. A fome é uma realidade atroz e nossa. Não adianta
bater no peito e dizer "sou nacional, sou brasileiro". Isso significa
ser contemporâneo de um dos
países mais esquizofrênicos do
mundo. E não apenas dizer que
somos alegria pura. Somos alegria
em meio à miséria pura."
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