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Faap-centro expõe 58 obras do grupo CoBrA
Movimento coletivo marcou arte do pós-guerra
GABRIELA LONGMAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Juntando as iniciais de Copenhague, Bruxelas e Amsterdã, o
grupo CoBrA traçou novos rumos na arte européia do pós-guerra. Formado por nomes
como Pierre Alechinsky, Karen
Appel e Carl-Henning Pedersen, o coletivo existiu formalmente por apenas três anos (1948-1951), mas a produção de
seus integrantes feita ao longo
dos anos 60, 70 e 80 é freqüentemente exposta em conjunto e
tida como continuação do espírito do grupo.
Cerca de 60 gravuras compõem a mostra "CoBrA e Cia.",
que a Faap expõe em sua unidade do centro -um antigo prédio restaurado na praça do Patriarca. Quem esteve na grande
mostra do grupo que a Pinacoteca do Estado organizou em
2000 pode ficar um pouco decepcionado ao não encontrar
os enormes óleos multicoloridos, mas as gravuras que a curadora belga Catherine de Braekeleer trouxe e organizou têm
sua força toda própria, e são
uma ótima introdução para
quem não conhece os artistas e
seus propósitos estéticos.
As gravuras fazem bem
transparecer as características
que norteavam o CoBrA: o espírito livre, o pacifismo, o gosto
pelo lúdico, pelo infantil e pelo
"primitivo".
"Cobra é, antes de tudo, um
estado de espírito. Espírito de
revolta e fraternidade, espírito
de espontaneidade e transgressão", escreve Braekeleer.
As obras não estão ordenadas
cronologicamente, mas seguem critérios especiais da curadoria. No segundo piso, por exemplo, uma sala agrupa apenas os trabalhos feitos a quatro
mãos, sensíveis e bem-humorados. Vale atentar ainda para a
densidade da série "O Prisioneiro", de Serge Vendercam.
COBRA E CIA
Quando: de seg. a sex., das 10h às 18h; até 23/2
Onde: Edifício Lutetia, 1º e 2 º andar
(pça. do Patriarca, 78, tel. 3101-1776)
Quanto: entrada franca
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