São Paulo, terça-feira, 31 de outubro de 2006

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Faap-centro expõe 58 obras do grupo CoBrA

Movimento coletivo marcou arte do pós-guerra

GABRIELA LONGMAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Juntando as iniciais de Copenhague, Bruxelas e Amsterdã, o grupo CoBrA traçou novos rumos na arte européia do pós-guerra. Formado por nomes como Pierre Alechinsky, Karen Appel e Carl-Henning Pedersen, o coletivo existiu formalmente por apenas três anos (1948-1951), mas a produção de seus integrantes feita ao longo dos anos 60, 70 e 80 é freqüentemente exposta em conjunto e tida como continuação do espírito do grupo.
Cerca de 60 gravuras compõem a mostra "CoBrA e Cia.", que a Faap expõe em sua unidade do centro -um antigo prédio restaurado na praça do Patriarca. Quem esteve na grande mostra do grupo que a Pinacoteca do Estado organizou em 2000 pode ficar um pouco decepcionado ao não encontrar os enormes óleos multicoloridos, mas as gravuras que a curadora belga Catherine de Braekeleer trouxe e organizou têm sua força toda própria, e são uma ótima introdução para quem não conhece os artistas e seus propósitos estéticos.
As gravuras fazem bem transparecer as características que norteavam o CoBrA: o espírito livre, o pacifismo, o gosto pelo lúdico, pelo infantil e pelo "primitivo".
"Cobra é, antes de tudo, um estado de espírito. Espírito de revolta e fraternidade, espírito de espontaneidade e transgressão", escreve Braekeleer.
As obras não estão ordenadas cronologicamente, mas seguem critérios especiais da curadoria. No segundo piso, por exemplo, uma sala agrupa apenas os trabalhos feitos a quatro mãos, sensíveis e bem-humorados. Vale atentar ainda para a densidade da série "O Prisioneiro", de Serge Vendercam.


COBRA E CIA
Quando:
de seg. a sex., das 10h às 18h; até 23/2
Onde: Edifício Lutetia, 1º e 2 º andar (pça. do Patriarca, 78, tel. 3101-1776)
Quanto: entrada franca


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