São Paulo, terça, 2 de fevereiro de 1999

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Agricultor reclama do preço

free-lance para a Folha

Desde o dia 18 de janeiro último, os produtores de fumo estão acampados em Santa Cruz do Sul (RS), município com maior concentração de fumicultores do país, a fim de pressionarem as indústrias para que elas aumentem os preços.
"Ficamos ao lado da esteira durante o processo de classificação do fumo nas indústrias, de olho para ver se concordamos com os procedimentos da empresa. Na semana passada, um produtor teria perdido cerca de R$ 700 se não estivéssemos lá", diz Heitor Schuch, presidente da Fetag.
Segundo ele, com a desvalorização do real, as indústrias deveriam ter condições de pagar um preço melhor ao produtor.
No ano passado, a empresa Souza Cruz, que detém 84% do mercado nacional de cigarros, teve um lucro de cerca de R$ 300 milhões.
Segundo Cláudio Henn, presidente do Sindifumo, o preço pago ao produtor pode melhorar em algumas semanas, atingindo o preço médio de R$ 31,50/arroba, "caso o produto apresente mais qualidade (tipo PO2)".
A reivindicação dos produtores por melhores preços teve o apoio do secretário gaúcho da Agricultura, José Hoffmann, que esteve em Santa Cruz do Sul na semana passada.
O cultivo de fumo brasileiro se concentra principalmente nos três Estados do Sul, sendo o Rio Grande do Sul responsável por 45% da produção, seguido por Santa Catarina, com 40%, e Paraná, com 15%.



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