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Pés de laranja sofrem baixa
da Reportagem Local
Como resultado direto da
proliferação das duas principais doenças que atacam
os pomares, o cancro cítrico
e o amarelinho, ambas sem
cura, os pés de laranja em
produção no país estão sofrendo baixas.
Eram 180 milhões há
dois anos. Em 98, esse número caiu para
172 milhões de pés no
Estado de São Paulo e
em parte do Triângulo
Mineiro, regiões que
compõem o parque citrícola.
Este ano, devem estar em
produção 169 milhões de
pés de laranja, indica levantamento do Fundecitrus.
Outro fator que está evitando a renovação dos pomares é a baixa produção
de mudas isentas de doenças. Há 50 viveiros produzindo mudas em sistemas
telados, inspecionados pelo
Fundecitrus. Sete apenas
em condições de oferecer
mudas certificadas.
O que preocupa o Fundecitrus é a tese de convivência com o cancro cítrico levantada por alguns segmentos de citricultores.
"Nenhum país do mundo
conseguiu conviver com o
cancro mantendo a laranja
como importante segmento
econômico", diz Ademerval Garcia, presidente da
Abecitrus.
As exportações de suco
movimentam US$ 1,5 bilhão por ano. O Brasil é o
maior produtor de laranja
do mundo e o principal exportador de suco.
No país, 330 municípios
têm na fruta a principal fonte econômica. São gerados
400 mil empregos.
Júlio Pompei, da defesa
agropecuária da Secretaria
da Agricultura paulista, diz
que uma nova legislação
promete ser mais rígida
com relação às normas fitossanitárias, para tentar
controlar a doença. Serão
aplicadas multas de R$ 425
a R$ 8.500 nos citricultores
que a desrespeitarem.
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