São Paulo, Terça-feira, 09 de Março de 1999
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Aumenta a venda de máquina agrícola

da Reportagem Local

Mudança na política cambial, que favorece os produtos agrícolas exportáveis, e perspectivas de uma safra recorde estão auxiliando as vendas de tratores e colheitadeiras.
No ano passado, 33.412 máquinas foram vendidas, um volume 10% superior às 31.657 unidades comercializadas em 97.
Os números são da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
A entidade espera um incremento de 10% nas vendas neste ano.
Somente no mês de fevereiro último, foram vendidas 2.062 máquinas contra as 1.439 colocadas no mercado em janeiro, ou seja, houve um incremento de 43,29%.
As empresas do setor estão se preparando para o aumento da demanda.
A New Holland, por exemplo, lança um banco próprio para financiar os seus produtos. As operações se iniciam em abril.
A empresa, que faturou US$ 447 milhões no Brasil em 98 com a venda de 5.061 máquinas, espera um aumento de 10% nos negócios, segundo seu superintendente mundial, Umberto Quadrino.
Já a Case espera contratar 400 empregados este ano e investir US$ 100 milhões na fábrica que inaugura em outubro em Sorocaba (SP). Mario Hirose, vice-presidente, diz que a desvalorização do real abriu perspectivas no campo, apesar da redução dos preços mundiais das commoditties.
Na opinião de Jean Cândido, diretor de marketing da Valtra Valmet, o mercado de tratores deverá crescer entre 10% e 15% este ano. "O produtor deverá ganhar mais em real com a exportação de alimentos. Isso porque as commoditties são cotadas em dólar", diz.
Para a gerente de marketing da SLC-John Deere, Zuleica Centeno, a performance das vendas de colheitadeiras este ano deverá repetir a do ano passado. A empresa vendeu 975 máquinas em 98, o que representa 42% do mercado.
Maior vendedora de tratores do Brasil (6.108 unidades em 98), a Massey Fergusson reconhece que a fase é promissora, mas acha qualquer previsão temerária.
Alistair Mclelland, diretor de vendas da empresa, diz que juros altos e desequilíbrio do real (com a consequente inflação) podem atrapalhar o setor.


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