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Itamar deve ser "calo" do presidente
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O ex-presidente Itamar Franco
(PMDB) assume o governo de Minas, dando sinais de que poderá
ser nos próximos anos o "calo" de
seu antigo aliado Fernando Henrique Cardoso. Ao contrário do
atual governador, Eduardo Azeredo (PSDB), que sempre foi alinhado e afinado com o Planalto, Itamar se coloca como voz destoante.
Faz críticas a FHC e diz querer fazer de Minas, em sua administração, uma vitrine para mudanças de
ordem social e econômica no país.
Conseguiu atrair o PT e outros
partidos de esquerda e começará o
governo tentando criar uma administração de centro-esquerda.
Alheio ao fato de seu partido
compor a base de apoio do governo federal, o ex-presidente faz discurso de oposição. A primeira demonstração concreta de que dará
trabalho a FHC está prevista para
acontecer em janeiro.
Logo depois da posse, ele deve
ser o anfitrião de um encontro com
seis governadores de esquerda para elaborar uma proposta alternativa de reforma tributária e fiscal.
O encontro, solicitado por Itamar, está sendo articulado pelo
presidente nacional do PT, José
Dirceu. Apesar de 2002 ser, teoricamente, um assunto proibido, a
articulação tem em vista as próximas eleições presidenciais. Itamar
é hoje o nome forte do PMDB.
O alvo do ataque de Itamar não é
só o governo FHC. Ele ameaça vasculhar as ações de Azeredo.
Quer auditar a venda de 33% da
Cemig e as privatizações do Credireal e Bemge.
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