São Paulo, quarta-feira, 01 de fevereiro de 2006

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CÂMARA

Corregedor pede arquivamento de caso Herrmann

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), pediu ontem o arquivamento da denúncia contra o deputado João Herrmann Neto (PDT-SP), que recebeu depósitos mensais de uma empresa acusada de cometer irregularidades em contrato com os Correios.
O documento foi entregue ontem à noite à Mesa Diretora da Câmara, que, por meio de votação, poderá aceitá-lo ou não. Ainda não há data marcada para que o caso seja apreciado.
Herrmann passou a ser investigado pela corregedoria depois que seu nome apareceu na quebra de sigilo bancário da empresa de transporte de correio aéreo noturno Beta (Brazilian Express Transportes Aéreos).
A quebra de sigilo indicou 25 pagamentos mensais, ao longo de dois anos, para uma conta bancária aberta no nome do deputado. O total atingiu R$ 79 mil.
Herrmann disse que o dinheiro pago em parcelas mensais de cerca de R$ 3.000 serviu para despesas com a manutenção de um automóvel utilizado em comum por familiares dele e de Ioannis Amerssonis, sócio da Beta.
A explicação convenceu o corregedor da Câmara. "Ele conseguiu comprovar tudo. Não sobraram nem os centavos", disse.
Nogueira entregou o parecer pelo arquivamento do caso seis dias após Herrmann ter apresentado sua defesa formalmente.
Por causa da acusação, o deputeve sua filiação suspensa pelo PDT. Temia-se que Herrmann pudesse fazer parte da lista de cassações do Conselho de Ética.
Contudo, desde o início do caso, vários parlamentares saíram em sua defesa. O próprio presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), disse duvidar que o deputado estivesse envolvido com atos de corrupção. "Ele é um homem muito rico. Não precisa se corromper por R$ 3.000."


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