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CÂMARA
Corregedor pede
arquivamento de
caso Herrmann
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), pediu ontem o arquivamento da denúncia contra o deputado João
Herrmann Neto (PDT-SP), que
recebeu depósitos mensais de
uma empresa acusada de cometer
irregularidades em contrato com
os Correios.
O documento foi entregue ontem à noite à Mesa Diretora da
Câmara, que, por meio de votação, poderá aceitá-lo ou não. Ainda não há data marcada para que
o caso seja apreciado.
Herrmann passou a ser investigado pela corregedoria depois
que seu nome apareceu na quebra
de sigilo bancário da empresa de
transporte de correio aéreo noturno Beta (Brazilian Express
Transportes Aéreos).
A quebra de sigilo indicou 25
pagamentos mensais, ao longo de
dois anos, para uma conta bancária aberta no nome do deputado.
O total atingiu R$ 79 mil.
Herrmann disse que o dinheiro
pago em parcelas mensais de cerca de R$ 3.000 serviu para despesas com a manutenção de um automóvel utilizado em comum por
familiares dele e de Ioannis
Amerssonis, sócio da Beta.
A explicação convenceu o corregedor da Câmara. "Ele conseguiu comprovar tudo. Não sobraram nem os centavos", disse.
Nogueira entregou o parecer
pelo arquivamento do caso seis
dias após Herrmann ter apresentado sua defesa formalmente.
Por causa da acusação, o deputeve sua filiação suspensa pelo
PDT. Temia-se que Herrmann
pudesse fazer parte da lista de cassações do Conselho de Ética.
Contudo, desde o início do caso,
vários parlamentares saíram em
sua defesa. O próprio presidente
do Conselho de Ética, Ricardo
Izar (PTB-SP), disse duvidar que
o deputado estivesse envolvido
com atos de corrupção. "Ele é um
homem muito rico. Não precisa
se corromper por R$ 3.000."
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