São Paulo, sexta-feira, 01 de fevereiro de 2008 |
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ANJ vê "intimidação" em ações de fiéis da Universal Entidade condena processos abertos contra a Folha DA REPORTAGEM LOCAL
Em nota divulgada ontem, a
Associação Nacional de Jornais
(ANJ) classificou como "intimidação ao livre exercício de
jornalismo" os processos judiciais movidos por fiéis da Igreja
Universal do Reino de Deus
contra a Empresa Folha da Manhã S.A., que edita a Folha.
Desde a publicação da reportagem "Universal chega aos 30
anos com império empresarial", da jornalista Elvira Lobato, em 15 de dezembro, pelo
menos 39 fiéis entraram com
ações indenizatórias contra o
jornal e contra a repórter. "A Associação Nacional de Jornais (ANJ) qualifica como intimidação ao livre exercício do jornalismo a intenção contida na iniciativa de 35 fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, até o momento, em diferentes pontos do país, de proporem ações de danos morais contra o jornal "Folha de S.Paulo". Os autores das ações alegam se sentir ofendidos pela reportagem "Universal chega aos 30 anos como império empresarial", publicada na Folha do dia 15 de dezembro, embora nenhum deles seja citado no texto. O que os autores dessas ações pretendem não é restabelecer sua honra ou a verdade, mas constranger uma empresa jornalística no seu dever de livremente informar a sociedade. Tanto é assim que o juiz Alessandro Leite Pereira, de Bataguaçu, Mato Grosso do Sul, no julgamento de uma das inúmeras ações propostas contra a Folha, condenou seu próprio autor à pena de "litigância de má-fé". Ou seja, o juiz entendeu que os verdadeiros objetivos da ação estão simulados. Está claro que todos esses pedidos de indenização, redigidos praticamente nos mesmos termos, partem de uma mesma origem e com um mesmo objetivo. É uma tentativa espúria de usar o Poder Judiciário contra a liberdade de imprensa, ameaçar o livre exercício do jornalismo e privar o cidadão do direito de ser informado. A ANJ saúda a decisão do juiz Alessandro Leite Pereira, chama a atenção da sociedade para essa iniciativa orquestrada e espera que o Poder Judiciário dê um basta a esse evidente e ardiloso artifício." Texto Anterior: Fabricante do país exporta mais de 70% da produção Próximo Texto: Caso Cacciola: Justiça de Mônaco remarca audiência para 19 de fevereiro Índice |
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