São Paulo, domingo, 01 de fevereiro de 2009

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Painel

RANIER BRAGON (interino) - painel@uol.com.br

Pré-sal no PAC

O presidente Lula discutirá nesta semana com seus principais ministros a possibilidade de um poderoso reforço ao já bilionário PAC (Programa de Aceleração do Crescimento): pretende-se incluir no programa a exploração do pré-sal, cujos investimentos previstos até 2013 estão na casa dos US$ 28 bilhões.
Em reunião com o conselho da Petrobras no dia 23, Lula e ministros avaliaram que a exploração da camada necessita de monitoramento privilegiado, "sala de situação" específica e rapidez na tomada de decisões. Procurado, Edison Lobão (Minas e Energia) diz: "A Petrobras tem que ter uma gestão mais ágil, isso foi tratado. Ela deve ter mesmo "sala de situação" para o pré-sal, é uma coisa moderna, ágil, conveniente".



Turbina. Além do pré-sal, o governo avalia incluir outros projetos no PAC para, nas palavras de um ministro, fazer com que eles "andem".

Sala de pressão. Faltam ainda dois meses para que tenha fim a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os automóveis, mas o Planalto já recebe pressão para que a desoneração seja prorrogada.

Saldão. O Ministério da Previdência afirma que vai transferir ou vender 3.489 imóveis do INSS, quase 70% de sua atual estrutura. Parte deles vai para o Ministério das Cidades transformar em moradias para trabalhadores de baixa renda. O dinheiro arrecadado, diz a Previdência, servirá para ampliar a rede de atendimento do INSS.

Obamania. A TV Brasil comprou os direitos de transmissão do documentário norte-americano "Barack Obama, sua História", sobre a vida do presidente democrata. Pagou R$ 8.000.

Evidência. Arlindo Chinaglia (PT-SP), que deixa a presidência da Câmara amanhã, já tem plano B para se manter ocupado em 2009 caso não vá para o Ministério da Saúde, possibilidade cada vez mais remota. Vai se movimentar na área. Ele reuniu-se há alguns dias com secretários estaduais de saúde e diretores de hospitais para tratar de uma campanha da Câmara contra a hipertensão arterial.

Chance. Um dos vários nomes cogitados para ser o candidato do PT ao governo de São Paulo, em 2010, Chinaglia também quer estudar e rodar o interior. Na esteira da derrota de Marta Suplicy, ele diz que pela primeira vez em anos o PT não tem candidato natural no Estado.

Day after. De um senador tucano, aliviado com o anúncio do apoio do partido a Tião Viana (PT-AC): "Nós brigamos tanto com aquela turma do Renan Calheiros em 2007 e agora iríamos posar para fotos ao lado do Almeida Lima e do Wellington Salgado?" Lima e Salgado foram da "tropa-de-choque" de Renan.

Volta. Ex-chefe de gabinete da presidência do Senado em mandatos peemedebistas, Marta Lyra tenta voltar ao cargo caso seu padrinho José Sarney (PMDB-AP) seja eleito amanhã. Irmã da secretária-geral da Mesa Diretora, Cláudia, Marta diz que não se enquadra na regra antinepotismo por ser concursada.

Upgrade. Forte candidato a passar mais um mandato na Mesa Diretora da Câmara, o sétimo, Inocêncio Oliveira (PR-PE), antes conhecido pelo apelido de guardanapo (não sai da mesa...), ganhou agora de deputados o título de "jogo americano". Explicação: o guardanapo às vezes cai no chão, mas o jogo, nunca.

Boquinha. Deputados petistas já se movimentam para indicar aliados para os cargos de confiança nas vagas que o partido disputa na Mesa.

Gás. Candidato a lanterna na eleição de amanhã, Osmar Serraglio (PMDB-PR) reclama de que é plagiado. "Tudo o que eu falo eles tiram de mim para ver se me esvaziam."

com FÁBIO ZANINI e SILVIO NAVARRO

Tiroteio

"A ministra Dilma revelou no Fórum Social Mundial um traço pouco conhecido de sua personalidade: a falsa modéstia."


Do deputado LUIZ PAULO VELLOZO LUCAS (PSDB-ES), sobre a declaração da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) de que ainda não é candidata à Presidência da República.

Contraponto

Festa da democracia

Diante das eleições na Câmara e no Senado e das articulações para a escolha do candidato do PSDB à sucessão de Lula, em 2010, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), foi bombardeado por perguntas de jornalistas ao chegar ao Congresso, na terça-feira.
-O PSDB fará prévias entre Serra e Aécio?
-Vai ter votação na bancada para escolher entre Sarney e Tião Viana?
Até que o tucano foi questionado sobre a disputa na bancada entre Tasso Jereissati (CE) e Marconi Perillo (GO) para ficar com vaga na Mesa. Guerra se exasperou:
-Ah não! Prévia pra cargo na Mesa já é demais!


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