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outro lado
Empresas negam fraudes; CGU não prorroga contrato
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Controladoria-Geral da
União decidiu, preventivamente, não prorrogar parte
do contrato com a Linknet,
empresa investigada na Operação Caixa de Pandora.
"Foi decidido prorrogar o
contrato apenas por 60 dias
(com encerramento no final
de fevereiro), para término
do "módulo execução", considerando o estágio avançado
de desenvolvimento", esclareceu a CGU por meio de nota à imprensa.
A Controladoria informou
ainda que não revogará imediatamente o contrato de
R$ 807 mil -que, segundo o
órgão, é rigorosamente
acompanhado -porque o
prejuízo seria enorme.
De acordo com o órgão,
não há, até o momento, "registro de inconformidade
que requeira notificação ou
sanção" à empresa.
Na nota sobre o contrato, o
secretário-executivo da
CGU, Luiz Navarro, afirma
que, em todas as decisões sobre o processo de declaração
de inidoneidade de empresas, "tem sempre se manifestado pelo encerramento dos
contratos em vigor, desde
que essa medida não contrarie o interesse público".
A Folha procurou os representantes das cinco empresas que tiveram os sigilos
bancário fiscal quebrados
pela Justiça e, por terem recebido recursos federais, estão na mira da CGU.
O advogado da Vertax, Edson Ferreira, afirma que não
há nenhum elemento que
caracterize o envolvimento
da empresa com corrupção e
fraude em licitação. "Isso será provado ao longo do processo [da Operação Caixa de
Pandora]", disse.
Por meio da assessoria de
imprensa, a CTIS, que recebeu R$ 434,6 milhões da
União em quatro anos, sustenta que "não praticou
qualquer irregularidade e
não possui contrato com o
GDF que envolva verba da
União, fatos que afastam a
possibilidade de a CGU torná-la inidônea".
Contudo, a CGU explica
que o simples fato de haver
repasses federais e indícios
de má conduta da empresa é
motivo para se instaurar
processo interno.
A Adler e a Linknet se recusaram a falar alegando não
terem tido acesso integral ao
inquérito que tramita no
STJ sobre o chamado mensalão do DEM. A Uni Repro
também preferiu não se manifestar sobre as notificações
expedidas pela CGU.
Em nota, divulgada em dezembro, após a operação da
PF ter sido deflagrada, a
Linknet negou qualquer participação em atos ilícitos
tanto da empresa quanto do
dono, Gilberto de Lucena.
Na época, a empresa sustentou que todos os repasses
feitos pelo governo do DF
atenderam às exigências impostas pelos órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas.
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