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São Paulo, sábado, 01 de março de 2003

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PAINEL

Imagem é tudo
O Planalto orientou os partidos aliados a usar seus programas de TV no primeiro semestre para defender a gestão Lula e bater na tecla de que as mudanças serão "graduais". PL, PC do B e PTB já aceitaram a missão.

Mórbida semelhança
O governo pediu apoio dos aliados porque está preocupado em evitar um desgaste da imagem de Lula, cuja gestão está cada vez mais parecida com a de FHC. A grande mudança até agora, na expressão de um petista, foi a da distribuição dos móveis do gabinete presidencial.

Sapato apertado
O PDT de Brizola pode atrapalhar a estratégia do Planalto. Insatisfeito, o ex-governador do Rio quer usar o tempo de TV do partido para fazer críticas a Lula. Miro Teixeira (Comunicações), que trabalha para assumir o controle do PDT, tentará impedir o cacique de veiculá-las.

Grampo dos outros
Enquete no site do "Correio da Bahia", jornal que pertence a ACM: "Você acredita na inocência do [cantor] Belo?".

Colo alheio
Rosinha Garotinho foi motivo de piada no Palácio dos Bandeirantes após afirmar que "resolveu o problema" ao transferir Fernandinho Beira Mar para presídio de São Paulo. Segundo tucanos paulistas, foi a maior demonstração de autoridade e competência da história do Rio.

Otimismo limitado
Cesar Maia (PFL) diz não haver risco aos turistas que forem passar o Carnaval no Rio: "Com as medidas adotadas, o Rio é a cidade mais segura do Brasil até Quarta-feira de Cinzas".

A conferir
Tucanos estão desconfiados de que o Planalto tenta dificultar um empréstimo do BID para obras viárias da Prefeitura de São Bernardo, cidade de Lula. Tudo para prejudicar o PSDB, que administra o município, na eleição de 2004.

Comércio exterior
Em seu depoimento inicial à PF, José Carlos Gratz negou que estivesse fugindo. Disse que iria tratar de negócios em Ribeirão Preto. Mas a PF e a PM do Espírito Santo têm informações de que o ex-deputado deixaria o Brasil na noite de ontem.

Papel timbrado
Vítima do grampo ilegal na Bahia, Geddel Vieira Lima (PMDB) enviou carta a Renan Calheiros, líder do partido no Senado, pedindo que a bancada apóie uma investigação na Casa. "Os que têm medo de ACM não podem me usar como biombo."

Até o fim
Geddel escreveu a carta a Renan após ser informado de que peemedebistas não querem investigar ACM no Senado com a desculpa de que um processo contra o pefelista poderia desencadear uma apuração sobre o conteúdo dos grampos. "Não tenho medo de fita alguma. Fui eu quem denunciou o caso à PF."

Depois da folia
Ideli Salvatti (PT) deve apresentar logo após o Carnaval pedido de CPI sobre o envio de US$ 14,9 bi ao exterior por meio de 137 contas do Banestado. O requerimento da senadora já conta com 31 assinaturas (são necessárias 27), mas ela teme que, por motivo de força maior, alguém acabe desistindo.

Subiu à cabeça
O coronel Erasmo Dias, que comandou a invasão à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo durante o regime militar, mandou construir uma cerca de espinhos ao redor do túmulo de sua família em cemitério de Santos ao saber que o tucano Mário Covas estava enterrado perto.

Cartão de ponto
Praticamente o único funcionário graduado do Palácio do Planalto a despachar ontem em Brasília foi Lula. Ministros e seus principais assessores já estavam viajando. A trabalho ou antecipando o Carnaval.

TIROTEIO

Do ex-governador Dante de Oliveira (PSDB-MT), sobre a contradição entre o PT na oposição e o partido no Planalto:
- Os petistas jogaram pesado na oposição como se pensassem que nunca fossem assumir o governo do Brasil. Agora, têm de gastar a maior parte do tempo resolvendo os problemas que eles mesmos criaram.

CONTRAPONTO

Tyson de Alagoas

Quando o deputado federal João Caldas (PL) era prefeito de Ibateguara, no interior de Alagoas, no fim dos anos 80, houve sessão muito tumultuada na Câmara da cidade.
O líder do prefeito Caldas no Legislativo, Severino Vieira de Lima, e o vereador oposicionista Edinaldo, mais conhecido como Dal, travaram uma disputa nos microfones do plenário que acabou em pancadaria.
Ao final da briga, Severino acabou levando a pior.
Tempos depois do quebra-quebra, em 1992, em plena campanha eleitoral, Edinaldo, candidato à reeleição, espalhou um adesivo pela cidade que dizia: "Com Dal a luta continua".
Ao ver a propaganda de seu adversário grudada no vidro de um carro, Severino correu ao prefeito e desabafou:
- Prefeito, era só o que faltava. Quer dizer que vou apanhar de novo...


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