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São Paulo, sábado, 01 de março de 2003

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OAB, procurador e políticos comemoram

DA AGÊNCIA FOLHA

A prisão do ex-presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo José Carlos Gratz (PFL) foi comemorada ontem por militantes de defesa dos direitos humanos, integrantes do Ministério Público e políticos locais.
"Ele [Gratz] dominava a vida política do Estado de tal forma que estava acima da lei. Parece que isso está se esvaindo. Começa-se a quebrar a espinha dorsal do crime organizado no Estado", disse o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) capixaba, Agesandro Pereira.
A OAB foi a responsável pelo pedido de intervenção federal no Estado, em abril do ano passado, alegando infiltração do crime organizado nos Poderes locais. O pedido foi arquivado. O Ministério da Justiça enviou uma missão especial para o Estado.
"Essa prisão representa o fim da impunidade. É o fim do He-man [herói de desenho animado], que estava acima da lei. "Eu sou invencível, eu tenho a força", bradava ele da tribuna da Assembléia", disse o atual presidente da Casa, Claudio Vereza (PT). O ex-deputado controlava 28 dos 30 votos na legislação passada.
Para o governador Paulo Hartung (PSB), adversário político de Gratz, a prisão do ex-deputado é "um passo na luta que está sendo travada pela missão especial, agora com o apoio das forças estaduais, contra o crime organizado, a impunidade e a corrupção".
O procurador da República Ronaldo Albo, integrante da missão especial, afirmou que o fato é um estímulo para a continuidade do trabalho. "Alguém que se dizia invencível, intocável, se julgava acima de tudo, agora está atrás das grades", disse o procurador.


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