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OAB, procurador e políticos comemoram
DA AGÊNCIA FOLHA
A prisão do ex-presidente da
Assembléia Legislativa do Espírito Santo José Carlos Gratz (PFL)
foi comemorada ontem por militantes de defesa dos direitos humanos, integrantes do Ministério
Público e políticos locais.
"Ele [Gratz] dominava a vida
política do Estado de tal forma
que estava acima da lei. Parece
que isso está se esvaindo. Começa-se a quebrar a espinha dorsal
do crime organizado no Estado",
disse o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) capixaba, Agesandro Pereira.
A OAB foi a responsável pelo
pedido de intervenção federal no
Estado, em abril do ano passado,
alegando infiltração do crime organizado nos Poderes locais. O
pedido foi arquivado. O Ministério da Justiça enviou uma missão
especial para o Estado.
"Essa prisão representa o fim da
impunidade. É o fim do He-man
[herói de desenho animado], que
estava acima da lei. "Eu sou invencível, eu tenho a força", bradava
ele da tribuna da Assembléia",
disse o atual presidente da Casa,
Claudio Vereza (PT). O ex-deputado controlava 28 dos 30 votos
na legislação passada.
Para o governador Paulo Hartung (PSB), adversário político de
Gratz, a prisão do ex-deputado é
"um passo na luta que está sendo
travada pela missão especial, agora com o apoio das forças estaduais, contra o crime organizado,
a impunidade e a corrupção".
O procurador da República Ronaldo Albo, integrante da missão
especial, afirmou que o fato é um
estímulo para a continuidade do
trabalho. "Alguém que se dizia invencível, intocável, se julgava acima de tudo, agora está atrás das
grades", disse o procurador.
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