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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Nas nuvens
Pesquisa do instituto Ipsos realizada nas principais
regiões metropolitanas aponta 79% de opinião favorável ao PAC, conjunto de iniciativas anunciado pelo
governo em janeiro à espera de tramitação no Congresso. Para 82% dos entrevistados, o programa ajudará o país a crescer. Um contingente menor, porém
expressivo (55%), considera também que o PAC será
capaz de gerar emprego. A maioria (65%) acha que se
trata de um programa "de verdade", com medidas
concretas para acelerar o crescimento, contra 30%
para os quais se trata apenas "de uma boa conversa do
governo". Com tamanha expectativa positiva, não espanta que Lula pareça pouco incomodado com a aflição dos que esperam por uma vaga em seu ministério.
Polêmica. Dentre as medidas do PAC, a que mais divide
opiniões é a de usar recursos
do FGTS para financiar investimentos de infra-estrutura:
53% a favor; 43% contra.
Minutagem. Ao sair da
reunião de governadores com
os presidentes das Casas do
Congresso, Sérgio Cabral
(PMDB-RJ) brincou que ele e
Paulo Hartung (PMDB-ES)
mal abriram a boca: "O Serra e
o Aécio queriam ver quem falava mais. Um cronometrou o
tempo do outro".
Me aguardem. Serra, que
no passado comprou briga
com as multinacionais farmacêuticas, dá mostras de que
pretende fazer o mesmo com
as telefônicas para que se responsabilizem financeiramente pelo bloqueio de celulares
nos presídios: "Essas empresas ganham muito dinheiro.
Está na hora de contribuírem
para o país", disse na reunião.
Trombone. Aécio chamou
de "armadilha" a proposta de
transferir a cobrança do
ICMS para o Estado de destino da mercadoria. "Levamos
14 propostas antes do Carnaval e até agora o governo não
se manifestou. Se quer discutir reforma tributária, seria
elegante pelo menos nos dizer
antes o que pretende."
Magoado. "Eu não sabia
que o Mercadante era tão deselegante." Desabafo de Henrique Meirelles a um petista,
depois do tratamento que lhe
foi dispensado pelo presidente da Comissão de Assuntos
Econômicos do Senado em
audiência pública anteontem.
Defecções. Depois da adesão do deputado "renanzista"
Eunício Oliveira (CE), aliados
de Michel Temer dão como
certos os votos do grupo do
senador Jarbas Vasconcelos
(PE), que por ora declara
apoio a Nelson Jobim na disputa pelo comando do PMDB.
Sem mediação. Em busca
de votos pró-Jobim, soldados
de Renan Calheiros frisam
para seus correligionários que
se trata do candidato do presidente da República. "Tá bom,
então manda o Lula ligar pra
mim", desafiou um deputado.
Estaca zero. Subiu no telhado a tentativa do consórcio
PT-PMDB de colocar José
Carlos Araújo (PR-BA) à frente do Conselho de Ética da Câmara. Agora o PMDB quer a
vaga para compensar Wilson
Santiago (PB), vencido na disputa pela primeira secretaria.
Chapa branca. A comissão parlamentar que investiga
o acidente nas obras do metrô
em São Paulo encerrará dia 7
a fase de depoimentos sem ter
ouvido o ex-presidente da
empresa, que caiu durante a
crise, o atual secretário de
Transportes Metropolitanos
e o ex-secretário da pasta.
Sem minhocão. Em reunião fechada com vereadores
paulistanos, o secretário estadual de Planejamento, Francisco Luna, descartou de vez a
construção de pistas elevadas
nas marginais da capital, que
deverão ser pedagiadas. O
custo chegaria a R$ 3 bi.
Calma lá. O PT tentou ontem arrancar de Vaz de Lima,
futuro presidente da Assembléia paulista, o compromisso
de manter a sigla no comando
da CCJ. Sem o aval de José
Serra, o tucano prometeu
apenas "respeitar" o pleito.
Tiroteio
"Não adianta ser radical nos adjetivos e na hora
de enfrentar a questão central -a política de
juros que paralisa o país- aceitar
passivamente a mediocridade".
Do deputado JUTAHY JÚNIOR (PSDB-BA) sobre os rasgados elogios feitos pelo líder de seu partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), à gestão
de Henrique Meirelles na presidência do Banco Central.
Contraponto
Bilhete azul
Em 1998, Mario Covas disputava a reeleição em situação desfavorável. Atrás de Paulo Maluf (PP) nas pesquisas
de intenção de voto, o tucano tinha freqüentes explosões
de irritação com seus subordinados.
Certo dia, Covas notou que o "clipping" diário de notícias estava muito menor do que o habitual. No final do
papelório, uma mensagem: "Não terminamos de imprimir
porque faltou o toner". Na hora, o governador ligou para
Sergio Kobayashi, à época na Imprensa Oficial:
-Olhe, se esse tal de Toner não tiver uma boa justificativa, você pode demiti-lo imediatamente!
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