São Paulo, domingo, 1 de março de 1998

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Prefeitura terá despesa dupla

da Agência Folha, em Curitiba

O prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi (PFL), afirma que, num primeiro momento, as OSs podem inchar em até 40% a folha de pagamento da prefeitura, que consome 51% da receita líquida. O Orçamento de 98 é de R$ 750 milhões.
A possibilidade existe porque os funcionários que não quiserem ser transferidos ou não interessarem às OSs ficarão à disposição. Como haverá casos em que a OS terá de contratar para substituir os não transferidos, a despesa será dupla.
Porém, Taniguchi afirma que essa provável despesa extra será compensada com redução de gastos e descarta a cobrança de serviços, "por enquanto". Segundo ele, apesar de a lei permitir, vai constar no contrato a proibição de cobrança pelos serviços essenciais.
Uma comissão formada pelo procurador-geral do município, secretários municipais e vereadores será responsável por qualificar as organizações. A partir da qualificação, cabe ao prefeito autorizar a assinatura do contrato.
Com isso, será possível privilegiar empresas, como o prefeito admite. Uma das primeiras OSs a serem criadas será responsável por gerir o sistema de processamento de dados do município.
Ele reconhece que o atrativo para essa OS estará em poder contratar empresas associadas à entidade que representa. Sandra Caprizlone, presidente do Instituto Municipal de Administração Pública, diz que está formatando contratos para as interessadas em virar OS, o que deve começar em março.



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