São Paulo, quinta-feira, 01 de abril de 2004 |
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TODA MÍDIA 31 de março
NELSON DE SÁ Desta vez não foi Paulo Henrique Amorim, no UOL, nem Ricardo Noblat, em seu blog, nem qualquer outro observador da cena política. Foi o ministro da Justiça, mais importante, foi Márcio Thomaz Bastos. Sobre a fita que flagrou José Roberto Santoro em ação, disse que ela: - Detona uma espécie de conspiração. O impacto da expressão, reproduzida primeiro em sites como Folha On Line e Globo On Line e depois nos telejornais, é institucional. Ele qualificou a expressão, afirmou ser "uma espécie de", mas ela estava lá: conspiração. E na tarde do dia 31 de março, aniversário do golpe. Com o que a fita revela, não se trata mais de jogo político, nas palavras do ministro da Justiça, mas de evidência "expressa" do objetivo de: - Destruir José Dirceu e derrubar o governo Lula. Do site Primeira Leitura, próximo do tucanato: - Com a colaboração de setores da imprensa, governo usa fita para acusar uma inexistente conspiração. Uma farsa ridícula. Talvez seu paralelo histórico, no quesito "mentira", seja só mesmo o Plano Cohen. De José Simão, em transmissão do UOL: - O Santoro é o derrubador da República... O caso está indo Cachoeira abaixo... Toda vez que aparece o nome do Serra é coincidência.
SEXO, NÃO Elogiado até no "Roda Viva" pelo diretor Zé Celso, por sua ação pelo mundo, o chanceler Celso Amorim voltou atrás em uma área na qual o Brasil já era chamado de "líder", pela Comissão Internacional pelos Direitos Humanos de Gays e Lésbicas. O site da revista "The Advocate" (acima) destacou o recuo do país na decisão de apresentar uma resolução, para aprovação na ONU, incluindo "orientação sexual" entre os diretos humanos a serem protegidos. O site CNSNews.com afirmou que o recuo foi resultado de "forte lobby do Vaticano, especialmente na América Latina". O site Gay.com entrevistou o diretor da associação britânica de gays e lésbicas, que soltou o verbo: - Seu desprezo contínuo pelos homossexuais mostra que o Vaticano é capaz de qualquer coisa para promover seus dogmas asquerosos. Ilegal "O Globo" foi além da Globo na manchete de ontem: - Procurador diz que agia para "derrubar o governo do PT". Logo abaixo, em destaque: - Diálogos com bicheiro revelam atuação ilegal de Santoro. Na berlinda Para Franklin Martins, na CBN, o desdobramento é menor no Congresso, onde falam da fita só para "reafirmar posições", do que na instituição: - O Ministério Público vai passar por período em que vai refletir, ver o que fez. Está na berlinda e vai ter que investigar. E tomar providências. Já Alexandre Garcia, na Globo, achou "muito esquisita" a atitude do subprocurador. Feliz da vida De Merval Pereira, que entrevistou José Dirceu há uma semana para "O Globo": - Ele deve estar feliz da vida. Número 1 Paulo Markun surpreendeu, ontem no site Terra: - As afirmações de Santoro desmoralizam o poder que deveria ser o fiscal do Estado, o Ministério Público. A fita recoloca Serra no papel de suspeito número 1 de toda essa manobra escusa que ocorre no país. Em pauta O "Valor" destacou ontem que uma reunião do PSDB vetou a proposta de parlamentarismo apoiada por José Serra. Alfândega Que fita, que nada. No exterior, o que chamou mesmo a atenção foi a política industrial. Do "Financial Times": - O ambicioso plano de R$ 15 bilhões inclui incentivos fiscais para maquinário, leis e investimentos em pesquisa e desenvolvimento, campanhas internacionais de marketing e corte de burocracia para os negócios, sobretudo na alfândega. Mais China 1 A Reuters distribuiu e vários jornais deram a notícia de que a China liberou a soja brasileira para importação, que já começou via Paranaguá. Apesar de Roberto Requião -descrito assim num texto do "Miami Herald" sobre a greve no porto paranaense: - Deixar isso ocorrer às vésperas de demanda maciça de exportação é bem estúpido. Mais China 2 Em longa reportagem, o "Wall Street Journal" dizia ontem que "a China se aventura no exterior para garantir produção de aço". Em especial, uma empresa chinesa está erguendo: - Uma fábrica no Brasil. Seria em São Luís, no Maranhão de Sarney, com um investimento de US$ 1,5 bilhão. Reação cômica O avanço neoconservador nos EUA teria começado no rádio, há dez anos. Agora os liberais reagem. O "New York Times" deu que entrou no ar uma cadeia de radialistas como Al Franken, ex-"Saturday Night Live". ENDEREÇOS UOL - uol.com.br; Folha On Line - folha.com.br; Globo On Line - oglobo.globo.com/online; Primeira Leitura - primeiraleitura.com.br; "O Globo" - oglobo.globo.com/jornal; Terra - terra.com.br; "Valor" - valor.com.br; "Financial Times" - ft.com; "Miami Herald" - herald.com; "The Wall Street Journal" - wsj.com; "The New York Times" - nytimes.com Texto Anterior: Almino Affonso: Jango, 40 anos depois Índice |
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