DA REDAÇÃO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem à noite um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, no qual admitiu que o valor do salário mínimo está aquém do "ideal", mas disse ser inviável um aumento maior hoje: "Isso ainda não pode ser feito, pois desequilibraria as contas da Previdência, que hoje já carrega um déficit de R$ 37 bilhões".
Hoje, Dia do Trabalhador, entra em vigor o novo salário mínimo, que passa de R$ 260 para R$ 300.
Segundo Lula, o reajuste é "significativo, com um ganho real acima da inflação como há muito tempo não acontecia".
O presidente criticou a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. De acordo com Lula, no governo petista foram criados 2,4 milhões de empregos com carteira assinada, o que resultaria numa média mensal de 91 mil novos empregos, mais do que os 8.000 postos de trabalho criados mensalmente, de acordo com Lula, durante a gestão de FHC.
Lula também criticou seu antecessor ao falar dos programas de microcrédito. Segundo o presidente, FHC concedia em média R$ 30 milhões anuais para microcrédito, enquanto o governo do PT já teria destinado R$ 600 milhões apenas neste ano.
Para Lula, o Brasil passou a "andar sem muletas" e deixou o Fundo Monetário Internacional "de cabeça erguida", graças ao aumento das exportações e ao equilíbrio nas contas públicas. Segundo o presidente, deixar o FMI foi realizar um "sonho de toda uma geração".

Agenda
Amanhã, Lula participa de reunião com a diretoria da Volkswagen no Brasil e com trabalhadores da empresa. Às 17h, participará das comemorações de cinco anos do jornal "Valor Econômico", que acontecem no Teatro Sesi, na avenida Paulista, em São Paulo.


Texto Anterior: No Planalto - Josias de Souza: O silêncio do Exército diz muito sobre o Araguaia
Próximo Texto: Etiqueta: Governo lança manual "Politicamente Correto"
Índice