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CAMPO MINADO
Saída é de Goiânia
Com o apoio do PT, MST inicia marcha a Brasília
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com um ritmo de invasões de
terra inferior ao do ano passado, o
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) inicia
hoje, em Goiânia (GO), uma marcha que promete levar pelo menos 10 mil sem-terra a Brasília para pressionar o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva a acelerar o
processo de reforma agrária. Em
duas semanas, com o apoio do
PT, a manifestação chegará ao Palácio do Planalto.
No ano passado, as invasões foram priorizadas como forma de
pressão. Neste ano, a tática é paralisar Brasília em 17 de maio, quando os sem-terra percorrerão a Esplanada dos Ministérios. Lá, os 10
mil sem-terra devem ter o reforço
de estudantes, sindicalistas, partidos políticos -inclusive o PT- e
outros movimentos.
"A marcha pedirá a liberação do
orçamento da reforma agrária, a
contratação de servidores para o
Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária], o
cumprimento das metas e, principalmente, a mudança da política
econômica", afirmou João Paulo
Rodrigues, da coordenação nacional do MST.
Hoje, em Goiânia, com sem-terra de 23 Estados, um ato marcará
o início da Marcha Nacional pela
Reforma Agrária. Em duas semanas, serão cerca de 200 km, via
BR-060. De manhã, caminhadas,
e, à tarde, plenárias sobre reforma
agrária, agronegócio, transgênicos e política econômica.
No ato de hoje, o MST contará
com militantes petistas e, em duas
semanas, em Brasília, líderes do
movimento serão recebidos pela
Executiva Nacional do partido.
"O PT defende o diálogo do governo com os sem-terra. Por isso,
o PT apóia a marcha e vai mediar
as negociações do governo com o
movimento. Não aceitamos a criminalização do movimento dos
sem terra", disse José Genoino,
presidente nacional do PT.
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